Como eu entendo o Pedro Correia. Não foram poucas as “viagens cá dentro” que programei e concretizei inspirado nesse “manual”. A última das que a memória me regista foi uma longa mas gratificante corrida por terras do Nordeste porque Saramago sentenciava, entre o mais, que ninguém tinha direito a morrer sem antes comer uma posta em Sendim no restaurante da “Tia Gabriela”. Fui, comi e chorei por mais, ficando com uma vontade imensa de ser imortal para não me cansar de repetir. Obviamente que a posta foi um episódio de pretexto. O “Viagem a Portugal” é o melhor que conheço em termos de (re)descoberta das nossas terras e gentes, ainda hoje e apesar das mudanças. Então, a descoberta de Sendim e de todo o Nordeste (só Miranda do Douro vale uma viagem-canseira) foi a forma de apagar, então, a minha vergonha acumulada de, sendo eu um transmontano-duriense “cá de baixo”, a única parte do país que não conhecia era essa zona distante e esquecida. E Saramago foi o alerta-guia que me pôs a caminho. Com todo o proveito.
(publicado também aqui)
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