Parece que essa fabulosa máquina de expelir lugares-comuns, o Miguel Sousa Tavares, decidiu apontar a sua prosa para a situação de muitos artistas, no Portugal das poupanças a torto e a direito: «Se os cortes do Estado nos apoios à cultura ameaçam os artistas independentes, por que lhes chamam independentes?»
Nem valeria a pena explicar ao senhor a diferença entre independência artística e financeira; nem tentar dizer-lhe que os artistas que confundam os dois planos serão sempre maus artistas. Ou explicar-lhe que até Camões recebeu uma tença real. Mas é sempre bom imaginar que o vertical escritor-comentador vai prescindir radicalmente, a bem da sua independência, de apoios de entidades estatais, nas suas próximas excursões por esse mundo fora.
13/07/10
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