O meu sábado na festa do Avante! não correu lá muito bem. Cheguei tarde de mais para usar o estratagema costumeiro (comprar cedo as senhas de comida a usar depois) e dei comigo perdido num mar de ébrios, juncado de garrafas partidas, naufragado em filas quilométricas para adquirir a mais modesta bifana. Desistindo da comida e dos mojitos (mais abomináveis de ano para ano), havia, claro está, a política. Como num debate sobre política internacional que incluía um senhor de um partido comunista indiano; a ideia central do camarada era que a crise na Caxemira se deveria eternizar; dessa forma, as forças armadas paquistanesas terão menos força para intervir no Afeganistão, contra os talibãs. E isto será coisa boa, portanto. A audiência pareceu gostar da tese.
Se bem me lembro, a mesma turba dos turbantes já foi vista naquelas paragens festivas como um bando de inimigos do povo afegão e do proletariado mundial. Agora, parece que há quem queira cometer os mesmos erros dos americanos, aplaudindo e alimentando o monstro que só pensa em devorar-nos.
09/09/10
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4 comentários:
Só não posso achar tanta graça ao nome do post.
Ir à festa do Avante à procura de caso , não levar, como seria conveniente, no focinho e ser ignorado dá nisto: pagam as bifanas e os mojitos.
Outro dia, o pai de um colega meu, que tem a mania de tudo aproveitar, abriu e bebeu uma garrafa de cerveja de 1975. O líquido já estava a dar para o morto, mas a verdade é que não matou o senhor. Porque aquilo que está moribundo dificilmente pode matar.
Camarada anónimo,
Já vou à Festa há muitos anos, até já trabalhei e nunca levei no focinho, imagine.
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