Irmãos: vamos todos descobrir o poder da oração "melhor"

«Porque vivem melhor os judeus de Teerão do que os palestinianos de Gaza? Porque rezam melhor os judeus de Beirute do que os muçulmanos de NYC?», pergunta-nos o Renato. A resposta à primeira pergunta é simples: porque a esmagadora maioria da população mundial vive melhor do que os palestinianos, esmagados por um invasor brutal e criminoso. Isto sem concordar minimamente com a visão do Irão de hoje como paraíso ecuménico: basta ver como são hoje tratados por lá os Bahá'í.
Já a segunda questão é mais difícil de abordar sem alguns conhecimentos de psicopatologia de que não disponho. Que raio será isso do «rezar melhor»? É ter um éter metafísico menos poluído, transmitindo melhor as comunicações com o altíssimo? Claro que não: é apenas usar a recente polémica em torno do centro islâmico nas vizinhanças do ground zero para se insinuar a mentira de que a liberdade religiosa em Nova Iorque está erodida. É equiparar a «direita radical norte-americana» com «o governo libanês», num transparente exercício de desonestidade intelectual. Não que faça lá muita diferença: ignoro quantos judeus ainda vivem em Beirute, mas palpita-me que já não devem ser muitos – o que até se entende; não deve ser fácil viver num país que é periodicamente bombardeado e invadido pelos nossos correligionários.