04/11/10

Nojo



Uma advogada egípcia propõe o assédio sexual às israelitas como arma política.

Via Shyznogud

6 comentários:

Miguel Serras Pereira disse...

Caro camarada Miguel (Cardina),
uma vez que hoje o nosso camarada João Tunes resolveu evocar aqui os cem anos da CNT e porque isso nos leva a pensar imediatamente na Guerra Civil de Espanha, talvez venha a propósito recordar que já o general Queipo de Llano, durante a dita guerra civil, se serviu da arma que a jurista egípcia recomenda, para "desmoralizar" a resistência do campo antifascista.
Mas, já que haverá quem fale a propósito deste caso de resistência islâmica progressista e anti-imperialista, eu aproveito a deixa para lembrar que, nos tempos que correm, como sempre e com urgência crescente, é necessário separar as águas e os campos políticos e insistir na democracia - na defesa e extensão intransigentes dos direitos e liberdades que são sua condição - a todo o custo, em todas as circunstâncias e sem a mais pequena cedência ou cumplicidade "táctica" na matéria. Isto, se não queremos, mais dia menos dia, dar por nós empalados por um regime oligárquico reformado e "racionalizado" pelos princípios de equilíbrio e ordem da "sociedade harmoniosa" à maneira chinesa ou iraniana.

Saudações libertárias e abraço

miguel (sp)

Diogo disse...

O assédio só vale para as israelitas? Ou será que sou um activista político desde os meus doze anos?

M. Abrantes disse...

Quem é essa senhora? Um vizinho meu também disse que devíamos plantar hortas em Marte, e nenhum blogue tocou no assunto.

joão josé cardoso disse...

Pode não ser uma estória mal contada, mas não é uma estória bem contada:

http://www.aventar.eu/2010/11/04/o-caso-do-video-da-muculmana-que-ja-nao-o-e/

Anónimo disse...

Uma "Mãe de Bragança" lá do sítio... É giro.(Não sabia que existiam assim tantos homens árabes a apaixonarem-se por mulheres israelitas e vice-versa. Acho que sim. Acho que o caminho é este.)
Luís Teixeira Neves

Ana Saraiva disse...

Felizmente que aqui- em http://sempunhosderenda.blogspot.com/2010/11/ai-tao-enojados-que-eles-estao.html há quem ponha os pontos nos is sobre um post como este. Ora tomem:

«No jugular Shyznogud fala de «asco» e no vias de facto Miguel Cardina fala de «nojo» a propósito de um video em que uma advogada egípcia faz alegadamente a defesa da violação de mulheres israelitas como forma de resistência.
Em termos de rigor, começa por ser necessário esclarecer que os ilustres bloggers foram induzidos em erro pelo título do vídeo que diz que ela «sugere violação de mulheres israelitas» quando, na verdade, ela declara aos 1.19 minutos que «os combatentes árabes não iniciariam tal coisa já que os seus valores morais são muito mais nobres». O que advogada de facto diz, e isso é sem sombra de dúvida condenável e reprovável, para além de promover o assédio sexual como forma de luta, é que se isso acontecesse às mulheres israelitas não era mal feito porque, nas suas palavras, os israelitas violam a terra dos palestinianos.
Em resumo, lamentar ou condenar uma tal ideia é uma coisa e outra, bastante excessiva, tendo em conta o que a advogada de facto diz, é criar um grande escândalo e usar palavras como «nojo» e asco».
E permanece um interessante mistério saber porque é que estes bloggers resolveram dar tanta importância a estas declarações de uma desconhecida advogada egípcia quando não me lembro que alguma vez tenham colocado nos seus blogues vídeos com afirmações terroristas daquele Avigor Liebeman, ou lá como se chama, que é político israelita de extrema-direita e até foi ou ainda é ministro. E que também nunca tenha visto nestes blogues nenhum vídeo com aquelas muito tolerantes e sensatas palavras que os construtores judeus de novos colonatos costumam debitar.
Mas o mais engraçado, ou talvez o mais triste, é que noutra ocasião qualquer estes enojados bloggers até são capazes de se referir às décadas de sofrimento e humilhação que os palestinianos e os árabes levam sobre os ombros por parte do sionismo. Mas não são capazes de perceber (não se trata de justificar ou absolver), que certos excessos verbais (e outros radicalismos bem mais mortíferos) são filhos dessa mesma prolongada humilhação.»