12/11/10

Por fim, pode ser que viver aqui nos dê alguma vantagem

Na New Scientist de 23 de Outubro, dá-se conta de um estudo, publicado no início do ano, que apresenta uma possibilidade algo alarmante. E se o aumento da temperatura se conjugar com um acréscimo de humidade, tornando, pura e simplesmente, a vida humana impossível em muitas zonas do planeta? É que os seres humanos não conseguem sobreviver a temperaturas de bulbo húmido superiores a 35º por mais do que umas horas. Grandes fatias de África, dos EUA e do Brasil podem ver-se despovoadas muito em breve. Então, quem aí não tiver acesso garantido a ar condicionado morrerá.
O mapa acima refere-se a um aumento de 12º. Algo que pode ser mais rápido do que o esperado, se à acção humana se acrescentarem fenómenos como a libertação de metano pelo permafrost ou se os oceanos começarem a emitir CO2.
Esta ideia de nos podermos confrontar com a a ultrapassagem de limites climáticos para lá dos quais a vida é impossível pode parecer deprimente. Mas olhem para o mapa com atenção: Portugal vai continuar habitável e mais ou menos acolhedor.
Nessa altura, vamos poder vingar-nos de alemães, americanos e restantes vampiros capitalistas, mais as agruras financeiras por que agora nos fazem passar. É só pôr o sinal de "No Vacancy" nas fronteiras.

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