30/11/10

Um Paulo Moura bolchevique?

Afinal, parece que os anarquistas de Paulo Moura e o seu "sonho mais selvagem" (ver velhos militantes do PCP espancados pela polícia), já aqui evocados pelo Zé Neves, pelo Ricardo Noronha e pelo Luís Rainha, não só existiram como formaram — objectivamente — um contingente de sabotadores comandado pela NATO. Um post de André Levy denuncia-o com inconfundível têmpera leninista e patriótica e permite-nos concluir que a negociação com as forças da ordem do regime do seu isolamento na manifestação foi afinal uma jogada táctica genial — emulando o comboio blindado de Lenine a caminho da estação finlandesa. Porque, se "a NATO é capaz de criar as suas próprias estruturas anti-NATO" em benefício dos seus desígnios,  os responsáveis da área do CPPC não lhes ficam atrás em inteligência: conseguiram, num regime burguês, pôr a polícia de choque — como se fosse a Volkpolizei de um regime operário dos saudosos tempos do "socialismo real"— ao serviço dos seus desígnios e dos interesses de todo o povo, levando-a a controlar os anarquistas, afinal ao serviço da NATO, e a proteger os manifestantes verdadeiramente anti-imperialistas.

3 comentários:

Ana Cristina Leonardo disse...

tu desculpa, miguel, mas a coisa parece-me mais um romance do josé rodrigues dos santos

Miguel Serras Pereira disse...

Inteiramente de acordo - com uma ressalva, pourtant: eu escreveria "mas a coisa também podia ser um romance do josé rodrigues dos santos", formulador dos matemas de deus. Só para não dar a ideia de menosprezar a potência verbal do Paulo M.
Obrigado pela observação e um desafio: de quem mais poderia parecer a coisa?

Anónimo disse...

Ainda a saga P.M. agora com o "Provedor do Público" ao barulho:

http://provedordoleitor10.blogspot.com/2010/12/quando-ausencia-de-incidentes-e-noticia.html

Por aqui, Paulo Moura ... consegue adjectivar como "anedota"... o enredo.