07/11/10
"Uma nova dinâmica social"
por
Miguel Cardina
Quem considerava que Manuel Alegre se mantinha politicamente distante da greve geral deve ler as declarações de hoje para dissipar eventuais dúvidas.
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6 comentários:
Caro Miguel,
sim, é um progresso, mas é muito pouco ainda.
No período de recrudescimento da ofensiva oligárquica que, a par dos direitos sociais, põe em causa as liberdades democráticas em termos cada vez mais ameaçadores, até as eleições presidenciais poderiam ser um campo de batalha que valesse a pena abrir.
Mas em torno de uma candidatura que, no mínimo, fizesse o seguinte:
- declarar que a situação é de emergência e que por isso a candidatura se compromete a fazer mais do que disputar a Presidência da República.
-explicar que a crise actual e a ofensiva antidemocrática tornam necessária uma transformação do regime através da participação activa e regular dos cidadãos
- propor a democratização das instituições e da ordem económica como plataforma unitária, condição necessária e suficiente da convergência em torno da sua candidatura assim entendida (por estas ou outras palavras, essa democratização e a sua plataforma não poderiam andar longe do que ontem aqui escrevi: http://viasfacto.blogspot.com/2010/11/da-democratizacao-como-plataforma.html).
- dessoberanizar o seu discurso e insistir na necessidade de desenvolver e estender açções que transponham para o campo da Europa a resistência á oligarquia e a luta pela democratização das instituições.
- Insistir uma e outra vez na necessidade de democratizar o funcionamento da economia, o mundo do trabalho e os critérios de distribuição dos rendimentos e de repolitizar a economia como via prioritária da efectiva democratização do poder político.
- Comprometer-se, no caso de vitória eleitoral, a promover esta transformação do regime, e incitar desde já todos os cidadãos à multiplicação das iniciativas de resistência à ofensiva antidemocrática em curso e de afirmação activa dos seus direitos através da participação directa na acção política.
Enfim, não ligues muito à terminologia, na qual não faço finca-pé. E, se quiseres, continuamos a discutir nos próximos dias.
Forte abraço
miguel sp
Di-lo no congresso da CGTP. Se amanhã ou depois tivesse de discursar no congresso do PS, evitava tocar no assunto, por uma questão obviamente aritmética.
É bom saber que somos ouvidos... Ainda assim, cheira a remédio depois do enterro. Abraço
Renato T.
Mas afinal apoia ou não apoia?
Isto é conversa de comentador:
"Greve geral vai ser momento de grande significado sindical, político e democrático"
Miguel (sp),
O teu comentário é uma espécie de «declaração de candidatura» de um ser ideal que (ainda?) não existe, para um acto que tem lugar daqui a dois meses.
Constato que pões a fasquia de alguém que, para o bem e/ou para o mal, é apoiado por PS e BE, muito mais acima do que eu...
Joana,
creio que proponho uma "plataforma unitária" extremamente ampla.
Repara que toda a oligarquia e seus apaniguados falam de "salvação nacional", como que de ruptura da normalidade, da necessidade de transformações estruturais, etc.
Poderemos nós fazer a coisa por menos?
Abrç
msp
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