10/11/10
Velhas superstições, novas homilias
por
Luis Rainha
Ontem, esteve na SIC Notícias mais um padre das novas religiões economicistas. Este sacerdote, cujo nome não recordo, esteve a perorar sobre a China. Às tantas, lá sacou dos canhenhos da Doutrina Antiga, proclamando que em breve, mal o rendimento per capita desse país ultrapasse os USD 3.000 (cito de memória), a Democracia será inevitável. Já tinha ouvido outras formulações deste sagrado preceito; nenhuma capaz de ultrapassar os óbvios escolhos plantados pala malvada realidade. Aliás, basta uma só palavra para espantar o fantasma recidivo: "Singapura".
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3 comentários:
"We revisit one of the central empirical findings of the political economy literature that higher income per capita causes democracy. Existing studies establish a strong cross-country correlation between income and democracy, but do not typically control for factors that simultaneously affect both variables. We show that controlling for such factors by including country fixed effects REMOVES the statistical association BETWEEN INCOME per capita and various measures of DEMOCRACY. We also present instrumental-variables using two different strategies. These estimates also show NO CAUSAL effect of income on democracy. Furthermore, we reconcile the positive cross-country CORRELATION between income and democracy with the ABSENCE of a causal effect of income on democracy by showing that the long-run evolution of income and democracy is related to historical factors. Consistent with this, the positive correlation between income and democracy DISAPPEARS, even without fixed effects, when we control for the historical determinants of economic and political development in a sample of former European colonies. "
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Acho que deverias ter citado um outro trabalho. Este trabalho não corrobora o preceito "sagrado" que enuncias.
Singapura, Irão, todos os países do golfo...
Argumento de economista imbecil: + income = + democracia!!
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Ou seja, a "ideologia dominante" não presume que o aumento de income promove (causalmente) a democracia.
Fala-se apenas de uma correlação.
Refiro-me a uma conversa que estou a ter com o Miguel. Este comentário é para ele.
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Este exemplo talvez seja mais pertinente à tese do Miguel Serras Pereira, caro Luís Rainha.
http://www.bbc.co.uk/news/business-11723838?print=true
Bonne nuit
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