02/12/10

República Popular da China: a construção da "sociedade harmoniosa" endurece as medidas repressivas

Um artigo de Phelim Kine publicado pelo Guardian, entre vários outros que formam um dossier sobre as repercussões da atribuição do Nobel da Paz a Liu Xiaobo, fornece elementos importantes, que mostram como a ditadura que governa a RPC entende reforçar a repressão interna e forçar, através de toda a espécie de pressões, o reconhecimento internacional da sua legitimidade. Uma das observações mais interessantes do artigo é a que sublinha como, longe de promover automaticamente — graças à acção de uma segunda e não menos misteriosa "mão cega", cúmplice da supersticiosamente atribuída ao mercado — a "liberalização política", os "sucessos" e "dinamismo empresarial" na esfera económica podem servir para a consolidação do braço armado e policial da ditadura, ao mesmo tempo que para potenciar a influência do "modelo chinês" sobre outros regimes, levando nomeadamente à adopção explícita por outras potências, com os Estados Unidos à cabeça, da doutrina política, já de há muito praticada se bem que oficialmente desmentida, do primado dos negócios sobre os direitos humanos. O "primado da economia" continua a ser a arma ideológica mais forte das oligarquias globais contra a formação e emergência da vontade e perspectivas de uma mundialização da cidadania democrática.

Growing intolerance could be a sign of increasing confidence and arrogance as China's economy continues to roar and its international status grows. The leadership is also likely concerned about the 100,000-odd annual public protests, the sharp criticism of government policies that go viral via the internet, and the growing urban-rural wealth gap.
The relentless squeeze on civil society activists has occurred while the US, EU and others have downgraded human rights in their dealings with China. Human right issues are increasingly an afterthought, marginalised by bilateral dialogue on trade, broader economic issues, and negotiations on vexing international issues including Iran or North Korea. But the US and others are taking the most short-sighted approach. The US Secretary of State, Hillary Clinton, learned this early in her tenure when she announced that the US would no longer allow human rights issues to interfere with other issues on the US-China agenda.
As President Hu Jintao and Premier Wen Jiabao prepare to hand the reins of power of the ruling Chinese Communist party to new leaders in 2012, they need to be pressed to recognise the wisdom of allowing citizens to speak uncomfortable truths rather than to silence them. Just days after the announcement of Liu Xiaobo's Nobel peace prize, a group of 23 senior Communist party officials and intellectuals issued a public letter that praised the Nobel committee's "splendid choice" of Liu for a Nobel peace prize, urged his immediate release and an end to the "invisible black hand" of official censorship.

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