02/12/10

Sindicato irlandês apela a greve geral e desobediência civil

Irish Times:
The Unite trade union has proposed a general strike in opposition to the Government’s economic programme and in support of an alternative strategy.


The union has also proposed a campaign of civil disobedience including the non-payment of any water or property taxes introduced in the forthcoming budget.

Irish regional secretary Jimmy Kelly said the union would be putting its proposals for national strike to the Irish Congress of Trade Unions in the weeks ahead.

Mr Kelly comments came as Unite published what it descried as a viable alternative budgetary strategy.

Adenda: o "orçamento alternativo" (introdução - documento [pdf] - anexo [pdf]) proposto pelo "Unite"

4 comentários:

Fernando disse...

Estando Portugal a seguir na fila, é incrível a falta de debate, mesmo entre blogues de esquerda. É uma pena ver as caixas de comentários em relação à Irlanda vazias. (E é apenas no Vias, entre dezenas de blogues por que passo os olhos, que se vai postando algo sobre esta matéria.)

Devemos agir preventivamente, pela criação de uma plataforma contra a nossa adesão a qualquer fundo internacional, pelo incumprimento da dívida. A lição a retirar da Irlanda é que 100.000 pessoas na rua, no dia em que recorrermos ao fundo não vai impedir nada.

Basta de posts sobre reaccionários como Paulos Morais e o Cavaco, cimeira da NATO, e greves gerais de tempo determinado, numa altura em que o nosso país está por um fio.

Anónimo disse...

«Para lidar com o terrorismo, como ameaça extrema sobre a civilização humana, os Estados Unidos não devem ter nenhuma hesitação no uso da força. É preciso determinação para impedir que um desastre semelhante ao 11 de Setembro aconteça novamente, para reduzir o crescimento do terrorismo internacional e a ameaça de armas de destruição em massa.»

LIU XIAOBO

«Os signatários saúdam como uma boa notícia para a causa global da defesa e extensão das liberdades e direitos democráticos em todo o mundo a atribuição do Prémio Nobel da Paz a Liu Xiaobo."

VIAS DE FACTO, no accueil da casa

DIZ-ME COM QUEM ANDAS DIR-TE-EI QUEM ÉS.

Fernando disse...

Anónimo: penso que as divergências face à China podem ser ultrapassadas num prazo suficientemente curto que se resuma à oposição da vinda do FMI, ou estou errado?

Miguel Serras Pereira disse...

Anónimo

1. Não sei onde foi que você viu transcritas essas declarações de Liu - nem em que contexto foram proferidas. Mas não tenho o menor problema em dizer que não subscrevo qualquer defesa, anda que táctica, dessa formulação. Apesar de tudo, gostraia de saber, como disse, em que contexto foram feitos, que "uso da força" é aprovado e contra que alvos, etc.
2. O texto que você cita não é um post do Vias de Facto, mas o de um protesto contra o servilismo da atitude das autoridades governamentais perante o ditador que é chefe de Estado da RCP. Que eu saiba, nem todos os membros deste blogue subscreveram esse documento.
3. Aqueles que o fizeram, fizeram-no em apoio da reivindicação das liberdades fundamentais que levou Liu à prisão e repudiando o modo como o regime da RPC lida com as oposições. Não é preciso concordar com as opiniões e convicções de alguém para protestar contra a sua prisão arbitrária.
4. É política e eticamente grotesco e desmobilizador defender, ou mesmo proteger através do silêncio, um regime como o da RPC, que espezinha os direitos sociais dos trabalhadores no grau mais extremo, do mesmo modo que esmaga os direitos cívicos da sua população. Os que assim agem tiram toda a credibilidade às suas próprias profissões de fé nos princípios democráticos da liberdade e igualdade, fazendo com que estas pareçam simples expedientes tácticos contra o governo do momento e não exigências universais, válidas frente a qualquer tipo de poder político - seja este ou não o de uma potência rival dos Estados Unidos e das suas ambições imperiais.

msp