10/02/11
Bukra Al Asr, Nirooh 3al Qasr
por
Pedro Viana
Amanhã à tarde, marchamos até ao Palácio.
É o novo slogan da revolta, após Hosni Mubarak ter re-afirmado, num discurso feito há pouco, a sua intenção de manter-se como presidente até setembro. Com esta atitude, Mubarak ajudou a tornar uma revolta, passível de ser neutralizada com a sua demissão e transmissão do poder para um fantoche como Suleiman, numa revolução em potência, de consequências imprevisíveis para toda a oligarquia egípcia. Neste momento parece já haver multidões em fúria a mover-se em direcção aos estúdios da televisão estatal egípcia e palácio presidencial. E amanhã é sexta-feira, dia habitual de protesto no Egipto. É óbvio que está em curso uma luta pelo poder no seio da oligarquia egípcia, tendo em conta os sinais contraditórios emitidos hoje pelo exército egípcio, Mubarak e Suleiman. E que EUA, Israel e o resto dos governos ocidentais estão a ficar em pânico com a possibilidade de ocorrência dum verdadeiro processo revolucionário no Egipto. Não posso deixar de admirar - um pouquinho - Mubarak por ter decidido mostrar o dedo indicador, em riste, aos seus antigos senhores. Espero que os egípcios se apercebam que agora é a altura de ocuparem as suas terras e as suas fábricas, resgatando também o poder económico concentrado nas mãos da oligarquia.
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2 comentários:
É o melhor dos mundos, de uma perspectiva revolucionária. O povo está contra o exército, contra o fantoche que manda no exército e que é apoiado pelo ocidente moderado, e contra o "antigo" tirano. Sem a necessidade de uma direcção revolucionária organizada!
Egyptian army officer tells Reuters that 15 other mid-ranking officers have "joined the people's revolution".
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