11/02/11
Conversa de Taxista
por
Zé Neves
Momentos fulgurantes de anti-bloquismo primário, é isso que nos proporcionam os dias de hoje. Parece que há por aí uma malta paga para dar crédito à dialéctica mais probre, segundo a qual a prova de que a moção de censura terá sido uma atitude acertada estará na irritação e desnorte que ela está a provocar junto do inimigo. À frente iam António Lobo Xavier e Sérgio Sousa Pinto, mas foram ultrapassados por Eduardo Pitta. O escritor cunha a expressão “trotskismo spa” para falar do BE, glosando o argumento estafado da esquerda caviar, e fala da falta de implantação do BE na sociedade. Menciona mesmo o célebre “desfasamento da realidade”, numa espécie de deriva anti-política que só não é neo-realista porque entre os neo-realistas as coisas não eram tão primárias como na mente de Pitta. Mas o melhor vem no fim. Depois da referência ao “spa”, na senda do pior populismo anti-intelectual, o snobismo de Pitta regressa em força, qual recalcado, a cheirar a caviar?, e o homem saca da “conversa de porteira”. Nunca conheci taxistas assim, mas lendas alimentadas por figuras como Pitta rezam que isto é conversa de taxista.
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4 comentários:
Não é snob quem quer mas quem pode... E se o Pitta é snob eu sou a rainha de Inglaterra.
Além disso, que ele não goste do BE, está no seu direito, mas o que é que tem contra um bom spa?
:-)
ana,
estás em cima do acontecimento (ainda eu estava a fazer alterações e tu aqui já!).
abç
Vínhamos no mesmo táxi...
:-)
Bravo!
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