Há uns tempos que
penso num possível enredo para uma história de ficção científica - um físico (politicamente de direita) desenha uma máquina do tempo e vai fazer uma viagem ao passado acompanhado de um historiador; no entanto, o historiador à ultima hora não pode ir, mas no departamento de ciências sociais, embora não haja historiadores disponíveis, arranja-se um sociólogo (politicamente de esquerda, como aliás o historiador) com alguns conhecimentos de história para o acompanhar na viagem.
Chegados ao passado, o sociólogo passa
grande parte do tempo criticando as
instituições e costumes opressivos que encontram e o físico dizendo que
não se pode julgar o passado pelas regras do presente; a dada altura
começam a desconfiar que alguma coisa não bate certo e acabam por
descobrir que a máquina não funciona como planeado: em vez de terem ido
para o passado, foram para outro planeta (que por qualquer razão tem habitantes muito parecidos aos terrestres...). A partir dessa revelação,
o físico passa a dizer que os habitantes desse planeta são uns
selvagens e o sociólogo que não podemos julgar os outros povos e
culturas pelos padrões ocidentalocentricos ou mesmo geocêntricos.
[A minha grande dúvida: se a máquina levasse as pessoas, não para outro lugar nem para outro época, mas sim para outra dimensão, numa espécie de universo paralelo, quem é que iria dizer "não podemos julgar outras dimensões pelos padrões da nossa"? O de direita (como a respeito de outra época) ou o de esquerda (como a respeito de outro lugar)?]
13/06/20
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