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04/03/12

Da imbecilidade enquanto modo de aproximação ao real ou de como rir é tudo o que nos impede de cortar os pulsos

Tem existido uma certa "polémica" sobre as causas do aumento da mortalidade em Portugal no último mês.
Dizem alguns que as baixas temperaturas aliadas às piores condições de vida dos portugueses estão na origem do fenómeno.
Garantem outros que somar o frio à crise é falacioso, tanto mais que o "perfil de mortalidade das últimas semanas" é absolutamente normal, já se tendo registado em 2008/2009.

Vamos deixar de lado os mortos que só atrapalham.
Vamos também deixar de lado o frio.
O que não podemos certamente deixar de lado é a brilhante conclusão de um estudo imputado à Organização Mundial de Saúde que aferiu o seguinte: as recessões económicas em países com o grau de desenvolvimento de Portugal não têm impacto ou reduzem mesmo as taxas de mortalidade, nomeadamente por acidentes rodoviários, já que as pessoas usam menos os carros.
Vem, a propósito do referido estudo, lembrar 3 coisas:
1. "A morte de uma pessoa é uma tragédia, a de milhões é estatística", José Estaline
2. "There are three kinds of lies: lies, damned lies, and statistics", Benjamin Disraeli
2. "Get your facts first, and then you can distort them as much as you please", Mark Twain

O que nos conduz, por seu turno, à clássica anedota da rã.
Um cientista estudava o salto das rãs. Colocou o bicho em determinado ponto preciso e disse: "Salta." A rão saltou e o cientista concluiu: "Uma rã de 4 pernas salta um metro."
Cortou-lhe uma perna e disse: "Salta." A rã saltou 75 cm. O cientista anotou: "Uma rã com 3 pernas salta 75 cm."
Cortou-lhe outra perna, disse "Salta" e a rã saltou 50 cm. O cientista registou: "Uma rã com 2 pernas salta 50 cm."
Cortou a terceira perna e ordenou à rã que saltasse. A rã saltou 25 cm. O cientista escreveu: "Uma rã com 2 pernas salta 25 cm."
Finalmente, cortou-lhe a última perna. Fartou-se de repetir "Pula! Pula!" mas a rã permaneceu imóvel.
O cientista concluiu sabiamente: "Rãs sem pernas são surdas."