Ao contrário do polvo Paul, que comia o mexilhão e assumia a aposta na selecção que iria vencer a partida, o governo que temos pretende comer os engodos e manter-se confortavelmente na sombra do aquário, dissimulando as escolhas feitas. Veja-se o discurso e a acção na actual conjuntura de crise. Ao mesmo tempo que define um plano de austeridade que atinge profundamente os mais fracos e desprotegidos, a governação do PS insiste no refrão de que "é necessário um esforço de todos", como se as necessidades fossem as mesmas, os cortes estivessem de facto a ser partilhados e as responsabilidades na crise fossem diluíveis por toda a sociedade. A realidade é que Sócrates tem, neste particular, um problema semelhante ao do polvo adivinho: por mais que deseje, não dá para apostar numa equipa e comer os dois engodos.
(continuar a ler no "Aparelho de Estado")
13/07/10
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