O Nuno Teles respondeu e disse ainda isto: “Obviamente, a minha acção, como a do Zé, está constrangida pelo que me é próximo (se vivo em Alvalade é mais fácil organizar os precários em Lisboa do que em Estocolmo)”. E aqui também não concordo. Não há nada de óbvio nem no sedentarismo nem no nomadismo, de modo que não é necessário que a força de condicionamento do que é próximo seja superior à capacidade de atracção do que está distante. Precisamos de uma esquerda tão empenhada em defender o direito a trabalhar perto de casa como em lutar pelo direito a trabalhar longe de casa. Uma esquerda internacionalista não pode considerar óbvio o que o Nuno considera óbvio e o perigo da deriva patriótica e estatocêntrica em que tem vindo a incorrer a esquerda partidária em Portugal, de Manuel Alegre a Francisco Lopes passando por Francisco Louçã, não é pequeno. Dir-me-ão que é um perigo necessário, e aceito discutir isso, mas não me digam que não há perigo nenhum e que entre os apelos da direita à nação e os discursos de esquerda em nome da pátria não há confusão possível.
01/11/10
Direito de Fuga
por
Zé Neves
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