16/11/10

A minha tia raquel e os estados de alma do ministro

A minha tia Raquel tinha achaques. No tempo quente não saía de casa, no tempo frio também não. Nas estações intermédias, que as havia, melhorava. Ainda assim, pelo menos uma vez por semana era certo e sabido que a iríamos encontrar, ora suspirando melancolicamente pelos cantos, ora guinchando esdruxulamente com a vizinhança. Os estados de alma da minha tia era incompreensíveis.
Podia agora continuar a falar-vos da minha tia Raquel, mas como ela própria me diria "não maces as pessoas e vem para dentro".
Já o Amado é outro assunto. Disse o próprio, a propósito das suas declarações ao Expresso este fim-de-semana, que aquelas não passaram de "desabafos sobre estados de alma".
Confesso que não li a entrevista. Contaram-me que a dada altura Amado apelava a um governo de salvação nacional ou coisa parecida. Vou deixar de lado o que eu acho sobre isto não ter salvação possível que ninguém me perguntou. Mas "os estados de alma" ficaram-me atravessados.
Ou seja, quer dizer, um simples diplomata não pode ter um achaque em privado mas já o ministro pode desabafar em público e não lhe acontece nada?! Nem sequer o convidam para o lugar do Sócrates?

3 comentários:

Anónimo disse...

4xLOL
Estou prestes a sofrer um AVC de tanto rir.

Ana, adoro-te!!
Quando quiseres andar comigo no meu tapete voador, basta apitar.

Ana Cristina Leonardo disse...

Estou farta de apitar e nem o 28 apareceu...
:)

Anónimo disse...

28, eléctrico de Lisboa, right?? Um fraquinho por gals com excelente sentido de humor. Só isto. Quando passar por Lisboa apito aqui para o Vias. Eu apareço, Ana. Na boa. Ok, cara linda. :)