10/12/10

Nova definição de terrorismo: "tudo o que nos desagrada"

Para um senhor chamado Paulo Pereira de Almeida, a quem o DN cedeu algum espaço, terorrismo afinal já não implica espalhar... o terror. Lê-se o argumento e não se acredita em tanta tontice: agora, os «grupos com intenções terroristas» descobriram a internet. E «podem aparecer aos comandos de um avião de inocentes colocado numa rota suicida; ou estar à distância de um comando de computador.»
Julian Assange é tão criminoso e sanguinário quanto Bin Laden. Afinal, trata-se de um facínora que massacra pobres diplomatas e burocratas: «muitas destas pessoas são pagas pelos respectivos governos para fazerem este tipo de trabalho. Trata-se de cidadãos a cumprir orientações políticas.» Que essas orientações impliquem a prática de crimes e de aldrabices inacreditáveis, eis algo de somenos para o atento especialista em segurança. 
Se quisesse fazer um símile tão idiota quanto o dele, poderia escrever que também em Nuremberga se ouviram muitas desculpas dessas.

1 comentários:

Miguel Serras Pereira disse...

Exactamente, Luis. E brilhante.

miguel sp