09/02/11

Mário Quintana que me perdoe mas é que já não há cu para tanta indignação [porque isto (AQUI) parecendo que não, cansa!]

É segundo por segundo
Que vai o tempo medindo
Todas as coisas do mundo.
Num só tic-tac, em suma,
Há tanta monotonia
Que até a felicidade,
Como goteira num balde,
Cansa, aborrece, enfastia…
E a própria dor – quem diria? -
A própria dor acostuma.
E vão se revezando, assim,
Dia e noite, sol e bruma…
E isto afinal não cansa?
Já não há gosto e desgosto
Quando é prevista a mudança.
Ai que vida tão comprida…
Se não houvesse a morte, Maria,
Eu me matava!
(Monotonia)

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