11/02/11

O absurdo que espicaça a imaginação

Assistir a Suleiman tentar substituir Mubarak tem tanto de absurdo como imaginar retroactivamente Silva Pais a demitir Marcello Caetano e mandá-lo para o exílio e afirmar-se como garante democrático do povo português…

(publicado também aqui)

2 comentários:

باز راس الوهابية وفتواه في جواز الصمعولة اليهود. اار الازعيم-O FLUVIÁRIO NO DESERTO disse...

Não representa o povo, mas é apoiado pelo exército pela nomenclatura no poder e pela élite financeira do Egito

e o pessoal do antigo Wafd que domina as cúpulas do exército

o vice-presidente persistirá uns meses e depois será apagado

tempus fugit à pressa disse...

e os filhos e netos do poder republicano apagado pela ditadura

não sucederam em 74 aos esbirros cleptocratas da ditadura

e a corrupção democrática não foi mais ávida que a do novo estado

a história tem destas finas ironias

O problema é verem no Egipto um vazio político quando existem muitos movimentos políticos antigos e recentes

Já existem estruturas partidárias na oposição e estruturas em embrião entre os descontentes dentro do governo

composição da Shura
Al'Hizb Al Watani Al Democrati)
74 6 80
Partido Progressita Unionista Nacional (Hizb al Tagammo' al Watani al Taqadommi al Wahdwawi) 1 0 1
Al-Ghad (Hizb al-Ghad) 1 0 1
Paritdo Nasserista Árabe Democrático 1 0 1
Partido Geração Democrática (Hizb El-Geel al-Democrati) 1 0 1
Independentes (outros) 0 4 4
Independentes (Irmandade Muçulmana - al-ikhwān al-muslimūn) 0 0 0
Indicados pelo presidente 44

quase apostaria que a um João Soares egípcio de 1952 sucederá um Mário egípcio de 2011 e um filho com o mesmo nome do avô lá para 2020
e um neto democraticamente eleito

em 2030 ou 2050 tanto faz