21/01/11

O Entretenimento e a Política

O Daniel acha que o José Manuel Coelho não é para levar a sério porque é só entretenimento. É justamente o que eu digo a mim próprio quando por vezes sucede passar os olhos por aquele programa da SIC chamado Eixo do Mal.

13 comentários:

Carlos Vidal disse...

"Enter" quê, pá??
Repete lá isso!
(Parecido, só conheço "enterotomia". Sabes o que é?)

Miguel Serras Pereira disse...

Ora, o lente vermelho entretém-se agora, de lupa censória em punho, a dar caça às gralhas do vulgo. E com vocabulário cirúrgico, ainda por cima. Não tarda, está aí a reivindicar a leucotomia dos seus contraditores antagónicos. São os efeitos de tomar por seu pensamento próprio - por pensamento, em geral, e por "seu próprio", em particular - as glosas do pensamento de Mao.

msp

Anónimo disse...

Aprende a escrever. Qualquer dia um tipo da Nova vai a uma aulinha do sr. professor, e desmascara-te. Os teus arrazoados são porcaria em 4ª mão.

Anónimo disse...

verdadeignorada.blogspot.com
vejam, sao ideias revolucionarias

Miguel Serras Pereira disse...

Anónimo das 22 e 56,

O seu comentário fez-ma pensar na descrição pavloviana do "reflexo condicionadp" e, depois, a talhe de foice, concluir, deixando o Pavlov em paz, que, antes arrazoar em quarta mão do que ladrar precipitando-se a quatro patas à cabeça da matilha, assim que se ouve o apito do CV

msp

Zé Neves disse...

corrigido.

vidal, não sejas ciumento, olha que o nuno também acha que tu és muito inteligente.e olha que andar a corrigir erros ortográficos é coisa que está mesmo a pedir uma ida para a aldeia para fins de reeducação cultural.

anónimo, não dou aulas com máscara. e por regra não ponho vírgulas a torto, e a direito.

O Rural disse...

Defensor Moura tambem não é para levar a sério pois que no seu historial diz que tomou parte na campanha de Humberto Delgado (1958).

Ora se Alegre escolheu esta criança superdotada (12 anos em 1958)para lebre!

Apanha-se mais depressa um mentiroso que um coxo!

Carlos Vidal disse...

Zé, não tens nada que fazer?
Então eu mando boca sem pés nem cabeça e tu respondes?
Deixa isso a cargo do nosso MSP.
Ele responde por ti.

(Hoje, pelo "5", falei de coisas sérias! Amanhã, se calhar, posso falar de patriotismo; logo se vê - mas não é em diálogo contigo. É só por causa dumas coisas com piada.)

Carlos Vidal disse...

Zé, não tens nada que fazer?
Então eu mando boca sem pés nem cabeça e tu respondes?
Deixa isso a cargo do nosso MSP.
Ele responde por ti.

(Hoje, pelo "5", falei de coisas sérias! Amanhã, se calhar, posso falar de patriotismo; logo se vê - mas não é em diálogo contigo. É só por causa dumas coisas com piada.)

tempus fugit à pressa disse...

O circo sempre foi a mais nobre parte da política

No circo justicia-se o criminoso

E inflamam-se as virtudes cristãs

O circo é dos cristãos e do povo

O circo é política no seu melhor nível

viva coelho viva cavaco

morra o caçador Simão

Miguel Serras Pereira disse...

Já que o autor o chama para aqui, sempre digo que apontamento ensaístico de CV no 5dias é notável e contém sugestões e pistas preciosas, não só sobre o caso, estritamente entendido, de Caravaggio, mostrando bem que a história da arte que vale a pena é inseparável da arte profundamente política de fazer história, seja qual for o sentido em que entendamos esta última expressão. Mas era absolutamente dispensável que o CV, no final, minasse a sua própria obra, invocando laudatoriamente a "argúcia" de Ratzinger - quando tudo o que escreve tende a sugerir a nulidade ou, na alternativa, perversidade energúmena, de quejanda "argúcia" radicalmente "a-trágica", ainda que erudita, na posição dos problemas que contam. Entre a revelação autorizada e burocrática savante que colmata "o lugar impossível de Deus" (Eduardo Lourenço) e a história como acontecimento em devir e potência de metamorfose e criação ontológica efectiva, é, com efeito, preciso escolher. Dir-se-ia, então, que, enquanto caminha, o CV escolhe a criação, e que é pena que, quando entende concluir, opte pela redução da síntese à condição de "criadagem" de uma revelação autorizada, antecipada e final, que, entre outras coisas, torna o "acontecimento" e a "criação" belas aparências ancilares, ilustrações edificantes.
Tenhamos esperança: a servidão voluntária é eminentemente vulnerável ao exercício do dar conta e razão dialógico, ainda quando este arranca da vontade de justificar a servidão. Pode ser que um destes dias, compreendendo que, tal como "Roma não paga a traidores", a razão de Estado não paga, no momento do triunfo, ao pensasdor que a justifica de outro modo que não seja reduzindo-o ao silêncio e censurando-o, o CV assuma um pouco mais democraticamente "a funesta mania de pensar" que manifestamente o assombra - como espectro da igualdade política, os mecanismos da dominação.

msp

Carlos Vidal disse...

Meu caro Miguel Serras Pereira,
O seu comentário no que à referência a Ratzinger concerne, é de um primarismo confrangedor.
Já leu certamente muito do que Agamben escreveu sobre o jurista do III Reich, uma sua referência para especulações filosóficas e teóricas, en torno de violência e lei, em torno de lei e "exterior" à lei, em torno do "amigo" e "inimigo", etc. Em torno ainda das teses de Benjamin, etc....
Registo de forma gratificada que muito apreciou o que escrevi sobre o pintor lombardo, como antes participou interessadamente em caixas de comentários de textos meus sobre Derrida, pintura, cegueira, por exemplo.
Pense nisto tudo 2 vezes.
CV

Miguel Serras Pereira disse...

CV,
o que é que Ratzinger tem a ver com Schmitt?
Mas Schmitt, justamente, é um bom exemplo sobre o qual o CV poderia reflectir para salvação, senão maior glória, do que lhe resta de alma republicana. O talento, a erudição, a inteligência hermenêutica, etc. não são por si sós garantias suficientes contra a barbárie - sobretudo tendo em conta que podem surgir como especializações profissionais que, ensimesmando-se na sua competência, descuram as condições "exteriores" que as tornam possíveis, ou, no que a tais condições se refere, trabalham cortando o amo em que se empoleiram.
O CV só a favor da distracção dos censores, e sem dar nas vistas (admitindo que, ainda que o quisesse, isso lhe fosse possível), ou beneficiando, a título temporário e precário, da protecção interessada de algum hierarca apostado em não sei que jogadas de bastidores na "frente estética", poderia escrever o que escreve e divulgá-lo como o divulga sob Estaline ou Mao…

msp