31/01/11

Uma política criminosa e suicida

Ao contrário do que afirmam Peres e outros porta-vozes oficiais das autoridades israelitas,  a única garantia política consistente contra os regimes confessionais fanáticos, que põem em causa o direito à existência do seu país e do seu povo, é a democratização. Assim, as posições assumidas pelos responsáveis israelitas perante os acontecimentos no Egipto são, ao mesmo tempo, criminosas — garantir, através da estabilidade das ditaduras os regimes "amigos", a segurança do seu próprio regime cada vez mais confessional e opressivo — e suicidas. Aos verdadeiros amigos de Israel resta, portanto, esperar que a revolta popular desperte, exija a democratização do regime e varra do poder os governantes fanáticos que constituem uma ameaça mortal  dirigida contra o seu próprio povo.

El presidente de Israel, Simón Peres, ha manifestado hoy su apoyo explícito a Hosni Mubarak, al expresar su posición sobre la revuelta egipcia. "Siempre hemos tenido y tenemos gran respeto por el presidente Mubarak. No decimos que todo lo que haga sea correcto, pero hizo una cosa por la que le estamos agradecido: mantener la paz en Oriente Próximo", ha dicho Peres, insistiendo en que "un régimen fanático y religioso en Egipto no será mejor que la falta de democracia".

Esta explicita declaración llega poco después de que Israel pidiera a EEUU, China, Rusia y varios países europeos que bajen el tono de sus críticas al régimen de Mubarak. Según informa el diario Haaretz, el Ministerio de Asuntos Exteriores israelí remitió el sábado un cable a sus embajadas en Estados Unidos, Canadá, China, Rusia y varios países europeos. En el mensaje las autoridades israelíespidieron a sus diplomáticos que transmitieran "lo antes posible" a los gobiernos occidentales la importancia de preservar "la estabilidad en Egipto". En los últimos días, Tel Aviv ha tratado de convencer a sus aliados de que es necesario mantener en el poder a Mubarak, que ha garantizado el cumplimiento del acuerdo de paz firmado entre Egipto e Israel con los Acuerdos de Camp David en 1978.

4 comentários:

Ana Cristina Leonardo disse...

é a realpolitik no seu melhor

Niet disse...

Justamente, a realpolitik parece ter os dias contados no Médio Oriente e no Golfo...O Irão dos hard-liners também anuncia o " levantamento " popular em dominó na Arábia Saudita, Jordânia, Líbia,and so on, segundo texto da F. Policy.Todo o xadrez político e institucional de poder autoritário e confessional está a ir pelos ares, com ou sem o controlo directo dos EUA. O " temor " da oligarquia politico-militar israelita é indisfarçável, pois, com uma democracia pluralista no Cairo, o problema palestiniano salta para a ordem-do-dia regional e Israel tem que cumprir o que assinou por várias vezes ao longo de décadas em Washington.Por outro lado, há sinais de fortes disenssões nas FA. egipcianas. E a estratégia Obama passa por incentivar com souplesse uma espécie de " revolução de veludo " no seio do poder do Cairo, com o apoio subreptício a um homem do perfil de E-Berudrei e a tácita legalização imediata de todos os partidos políticos.Niet

Niet disse...

Onde está R-Berudrei: deve ler Mohamed ElBaradei, antigo secretário-geral da Agência Internacional de Energia Atómica (IAEA). Niet

Anónimo disse...

"Aos verdadeiros amigos de Israel "!!?!?!?

Muito me deizes Serras Pereira...