27/07/12

Lei da Flutuação Fálica. Uma autocrítica e nova perspectiva teórica de João Bernardo

Ocultando-a sob a modéstia de um comentário ao meu recente post acerca da nova teoria económica económuca finlandesa, João Bernardo acaba de formular, no registo da autocrítica, uma confirmação que aprofunda e desenvolve, sugerindo a sua verificação empírica, a nova perspectiva. É esse comentário — portador, bem vistas as coisas, de um novo paradigma da ciência económica — que tenho a honra de transcrever a seguir (o título é da minha responsabilidade).



Sobre a nova Lei biológica da Flutuação Fálica


Miguel Serras Pereira,

Acho que não devemos menosprezar a descoberta do colega finlandês. Ora, se uma lei científica for válida, sê-lo-á não só numa perspectiva sincrónica mas também diacrónica. Eu, que tenho sido acusado de me envolver em raciocínios económicos metafísicos e obscurantistas, penitencio-me aqui por uma vida de pecados ideológicos e lanço a nova Lei biológica da Flutuação Fálica (LFF). Recordemos a grande crise económica da década de 1930, que levou à queda generalizada do Produto Interno Bruto (PIB). Ora, a década de 1920, que se seguiu à guerra mundial, havia sido um época de dissolução dos costumes e de fornicação generalizada, levando a estados de erecção repetida e prolongada e, por conseguinte, ao aumento médio da dimensão fálica. Uma única excepção, a da União Soviética, que confirma inteiramente a LFF. Reinava lá o terror staliniano e, como alguns de nós provavelmente sabem, o medo tem como efeito o retraimento do órgão sexual. Dotados de pénis muitíssimo mais curtos, os cidadãos soviéticos aumentaram correspondentemente a produtividade do seu trabalho, o que fez com que a economia soviética fosse a única em todo o mundo a crescer na década de 1930. Estou certo de que análises históricas mais extensas e minuciosas confirmarão a LFF. Nos nossos dias, o crescimento elevado e persistente do PIB no Uganda só pôde ser devido a uma diminuição do tamanho do pénis dos ugandeses, facilmente constatável ao vermos a facilidade com que a Primeira Dama desse país tem conseguido impor uma legislação evangélica.
E vem-me uma nova certeza, proveniente da partipação crescente do elemento feminino na força de trabalho. Na perspectiva biológica que de agora em diante passa a ser a minha, podemos admitir que, sendo a dimensão do pénis na generalidade das mulheres equivalente a zero, a sua capacidade produtiva tende para o infinito. Isto significa que quanto menos os homens trabalharem e mais trabalharem as mulheres, tanto mais a economia crescerá, para bem de todos nós.

                                                                   João Bernardo

2 comentários:

as disse...

http://www.youtube.com/watch?v=C0xtUfjv4zE

ou em alternativa

http://www.youtube.com/watch?v=daSG5fwdA7o

Anónimo disse...

Esta simbólica subversão da lógica reeificada e perversa do capitalismo libidinal fornece grandes exortações para a libertinagem( contra a sedução ou o yoga tântrico?), aproximando-se daquilo que Laclos formula nas " Ligações Perigosas ":" E, eis, a paixão pensada que se anunciará. Envolver-se-à numa luta por causa de si própria , porque sabe que possuo o erotismo;e lutará para me vencer. Terá mesmo a necessidade de possuir uma forma superior de erotismo. (...) Desejará apanhar-me de surpresa,certificar-se-à que me pode ultrapassar com muita aplicação, e prender-me. Por isso, a sua paixão decidir-se-à :enérgica, conclusiva, dialéctica, os seus beijos totais, o seu " abraço " de um élan irresistível ". Niet