17/09/14

"Sempre a subir, sempre a triunfar" ou "rumo ao socialismo das pessoas"

António José Seguro opõe ao "socialismo da lapela" o "socialismo das pessoas", mas é em Almeida Santos, apoiante de António Costa, que deparamos com a completa explanação ético-política do conceito: "O presidente honorário do PS foi ouvido enquanto testemunha de defesa na 120.ª sessão do julgamento, que decorre no tribunal de Aveiro, abonando da seriedade e do currículo de vida do ex-ministro socialista que considerou ser «verdadeiramente notável». «Começou a trabalhar aos 14 anos, sempre a subir, sempre a triunfar. Três vezes ministro, duas vezes deputado, membro do secretariado do PS (…) Se este currículo é o currículo de um homem desonesto, desonestidade não conduz a estes lugares», continuou". Erram, pois, os que vêem na competição solidária entre Costa e Seguro uma crise de identidade do PS, que, tudo o indica, sairá, pelo contrário, inequivocamente reforçada seja qual for a vencedora das duas candidaturas à sua liderança. Ou não será a competição em torno desta a via necessária do "sempre a subir, sempre a triunfar" que, justamente, define o "rumo ao socialismo das pessoas"?

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