07/01/16

A liderança de Corbyn. Uma pedra no sapato que teima em não sair.

A remodelação do Governo-Sombra do Labour não podia escapar aos holofotes da imprensa. Ainda bem, já que a  imprensa, que por cá chegou a vaticinar um difícil teste à liderança de  Corbyn, com a previsível derrota nas eleições intercalares de Dezembro, ignorou depois a clara vitória e o reforço da posição eleitoral dos trabalhistas.
Parece-me que as conclusões sobre a remodelação e o seu impacto politico são precipitadas e que a importância dada à auto-demissão de três membros juniores -como lhes chamam os ingleses - do staff político dos Deputados, demitidos ou trocados de funções, do Governo-Sombra, é excessiva.
O melhor é atender ao que Owen Jones aqui escreve. Eis o essencial do ponto de vista político. Todos os líderes trabalhistas concretizaram remodelações do Governo-Sombra que herdaram da anterior liderança. Nenhuma foi tão limitada na sua extensão. Isto, apesar de nenhum líder ter sido tão contestado na sua liderança pelos seus camaradas do Governo-Sombra, que desafiaram mesmo a posição do líder, isto é do partido, em questões essenciais como a defesa e a política externa.
Agora, como diz Owen,  Corbyn tem que voltar para a política real, aquela que tem a ver com as pessoas, desprotegidas - como no caso das inundações- pelas opções políticas dos conservadores. 

2 comentários:

António Geraldo Dias disse...

O complexo mediático/político usa todas as armas para enfrentar Corbyn um líder com reputação anti-austeritária,anti-nuclear e anti-militarista que põe em causa o status-quo e que estando numa posição em que a maioria dos MPs do seu partido não votou nele ainda assim o apoiam - ao fim de quatro meses dizer que Corbn falhou é uma idiotice e a crítica selvagem dos media além de reflectir a quebra do consenso é reveladora das potencialidades de ele se tornar primeiro-ministro nas eleições de 2020...

António Geraldo Dias disse...

O complexo mediático/político usa todas as armas para enfrentar Corbyn um líder com reputação anti-austeritária,anti-nuclear e anti-militarista que põe em causa o status-quo e que estando numa posição em que a maioria dos MPs do seu partido não votou nele ainda assim o apoiam - ao fim de quatro meses dizer que Corbyn falhou é uma idiotice e a crítica selvagem dos media além de reflectir a quebra do consenso é reveladora das potencialidades de ele se tornar primeiro-ministro nas eleições de 2020...