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Desde que a Polónia perdeu o seu Papa, com a morte de João Paulo II, e com a denúncia da colaboração profunda do clero católico polaco com o aparelho repressivo comunista, o catolicismo entrou naquele país numa crise profunda. Assim, precisava urgentemente, para recuperar balanço pastoral, de um mártir anticomunista beatificável e santificável com um sinal contrário ao do colaboracionismo com a ditadura marxista-leninista que manchava a reputação da Igreja polaca. Para isso, nada melhor que o Padre Jerzy Popieluszko (Capelão do “Solidaridade”, assassinado em 1984, quando tinha 37 anos, por três agentes da polícia política, a mesma que, entretanto, “controlava” o seu colega e “bófia” Stanislaw Wielgus). E Bento XVI, muito atento a tácticas e estratégias, foi célere nas decisões. O Padre Jerzy Popieluszko já é oficialmente Beato e em breve será Santo. Para que a Igreja Católica, na Polónia, possa, finalmente, lamber a ferida “Stanislaw Wielgus” e dos seus camaradas agentes e bufos ao serviço do “terror vermelho”. Com sucesso garantido, pois 150.000 católicos polacos reuniram-se imediatamente em Varsóvia num acto religioso celebrando a beatificação de Jerzy Popieluszko (foto).
(também publicado aqui)
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