Em Abril de 2002, surgia, ainda em versão beta, o serviço Google News. Na aparência tratava-se apenas de mais um agregador de notícias; uma página web que acumulava pequenos excertos de notícias sobre os mais diversos temas, fornecendo ao utilizador links para se dirigir à fonte de cada uma. Jornais, rádios, estações de TV, agências noticiosas, blogues, press releases, todos estes media podem contribuir, voluntariamente ou não, ou através do chamado deep linking (afixação de links para conteúdos específicos organizados e publicados em páginas de terceiros), para a acumulação de artigos e fotografias de um site agregador de notícias.
Que o Google, marca que até aí se entrincheirava na pesquisa pura e dura, recusando-se à metamorfose em portal generalista — opção de inúmeros concorrentes, do global Yahoo! ao português SAPO — tenha por fim inaugurado um serviço noticioso, foi uma consequência curiosa do 11 de Setembro. Após os ataques, os acessos de internautas ao serviço de pesquisa do Google inflacionou-se de imediato: nesse dia, a busca de temas noticiosos aumentou 60 vezes em relação à média.
Mas o tráfego gerado na Internet pelos milhões em busca de notícias foi demasiado para os servidores da maioria dos jornais e estações de TV; os erros por congestionamento tornaram-se frequentes.
Mas nada fez vacilar o mastodôntico poder computacional do maior motor de busca do mundo (hoje em dia, conta com mais de 175.000 computadores, quantidade superior à existente em todo o mundo nos finais dos anos 70) Ainda no dia 11, a página inicial do Google integrava uma primeira resposta a esta emergência:
Uma resposta no mínimo curiosa, aceitando a primazia dos media tradicionais e dando-lhes lugar. Mas não deixava de apresentar uma novidade que ainda hoje se mantém polémica: a apresentação de cópias guardadas em cache de conteúdos alheios. Uma novidade que se viu reforçada poucas horas depois, com um novo quadro que já evitava a recomendação da TV e da Rádio...
06/07/10
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