02/06/11

Leitura útil para dias ocupados com actos inúteis

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… Notícias da Plaza del Sol e arredores.


EL PRESENTE NO VOLVERÁ

No es que el presente tenga condiciones especiales que obliguen a las personas a salir a la calle a protestar, pues nuestro tiempo vive encausado en el capitalismo, un sistema social que se perpetúa en base a la insatisfacción, por tanto las condiciones para la exaltación y la revuelta son constantes. El encanto de éste momento que nos toca vivir es que esa insatisfacción que se vive habitualmente en forma individual y condicionada a las normas ha encontrado masivamente su expresión colectiva, fuera de lo legal y la paz social, pues incluso las protestas que se denominan “pacíficas” rompen con lo establecido.

En lo formal la reacción colectiva expresa su rechazo al autoritarismo político en un país, a la desprotección social en otro, a la mercantilización de la educación en otros tantos, a la explotación de la naturaleza en alguno, al aumento de los precios de alimentos y transporte en casi todos. Entonces acontece que por una temporada centenares, miles y millones de personas en diversas latitudes están intentando romper con la lógica impuesta, contradecir al Estado y al Capital sin que ellos mismos se atrevan a plantearlo, pues el mayor problema es que la mayoría de esas personas no son concientes de lo que están haciendo, sus actos son más certeros que sus palabras.

Salvo en las revueltas más radicalizadas en medio oriente (radicales en tanto encaran la raíz de su insatisfacción) pareciera que la acción espontánea de millones de personas alrededor del mundo busca perfeccionar los instrumentos de sometimiento: más democracia, más trabajo, más educación, más producción. Miran en conjunto al cielo esperando por un héroe que baje del Olimpo del sistema a representar sus aspiraciones sin descubrir su propia fuerza y belleza como conjunto de seres humanos deseosos de una vida plena, sin bancos, sin políticos, sin reyes, sin hidroeléctricas ni guerras por fuentes energéticas, sin alquileres, sin escuelas que no enseñan nada más que la reproducción de la misma mierda. Sin Estado, sin Capital.

Pero éste presente aún no se nos escapa, y hacernos cargo de éste tiempo es lo único que nos queda si no queremos que los nuevos políticos, las nuevas fuentes de energía, la nueva democracia que surja triunfante de la actual crisis y sus protestas sean la mierda que tengamos que tragarnos mañana.
Hermanos, hermanas:
¡A por todo!

1 de junio de 2011
algunos incontrolados por la imaginación antagonista



6 comentários:

ANTÓNIO DA CEREJEIRA SALAZAR disse...

Leitura inútil para dias ocupados com actos fúteis

Notícias da Plaza del Sol e dos sóis dos arredores.


EL PRESENTE NO VOLVERÁ geralmente enterra-se o presente no passado

No es que el presente tenga condiciones especiales que obliguen a las personas a salir a la calle a protestar,tem é mais comida e mais tolerância que os séculos anteriores

e muito mais que os séculos futuros
2 mil milhões de seres humanos viveram uma ÉPoca de abundância energética que chegou ao fim

esses 2 biliões terão de baixar a bitola aos níveis de consumo que 5 biliões mantiveram

más democracia, más trabajo, más educación, más producción...ou seja uma máquina de movimento perpétuo

esta economia em expansão perpétua faz-me lembrar qualquer coisa


las nuevas fuentes de energía, quais?

todas as estruturas consomem energia na sua construção

apelo à utopia
la nueva democracia que surja triunfante de la actual crisis y sus protestas sean la mierda que tengamos que tragarnos mañana.
Hermanos, hermanas:



quatro propostas para re-construir o actual sistema político, de modo a que as decisões tomadas no seu âmbito passem a reflectir efectivamente as opiniões de todos os cidadãos.

com tanta opinião parva
isto ainda ficava mais ingovernável do que está



Primeira proposta: todos os votos contam.

ok como?

Dédé disse...

Não terão ainda as respostas, mas já vão acertando nalgumas perguntas.
Não sendo ainda meio caminho andado, é seguramente um começo auspicioso.

Miguel Serras Pereira disse...

Excelente contributo este, Jorge, que aqui trazes à laia de antídoto contra as ilusões do eleitoralismo e da "democracia" representativa.

É verdade que, se é evidente, a recusa maciça das soluções oferecidas pelo governo exercido pelo Estado e pelo estado-maior da economia dominante, falta ainda a "negação determinada" de uma vontade social e política de uma alternativa às relações de poder existentes. Essa alternativa passaria, a meu ver, pela definição - a partir de uma reflexão sobre os métodos de luta já adoptados - dos princípios do autogoverno e de outra forma de exercício do poder. Não basta, com efeito, contestar as medidas do poder que nos governa, mas é necessário afirmarmo-nos nós como governantes. Não há outra maneira de garantirmos a satisfação, segundo os nossos próprios critérios, das reivindicações que vão emergindo das servidões quotidianas. Mas é verdade também que, sob muitos aspectos, os métodos de luta adoptados pelas movimentações em curso não se limitam a reclamar a "verdadeira democracia já", mas é já a verdadeira democracia que praticam ao reclamá-la.

Como diz o Dédé, não é coisa de somenos, para começar.

Abraço para ti

miguel(sp)

Anónimo disse...

Claro que falta ainda tudo aquilo que MSP refere, mas, no meu entender, o entretanto não pode – ou não deve – justificar o alinhar, ainda que crítico, na onda do eleitoralismo.

Não recordo, com precisão, se já alguma vez votei BE. Certo, porém, é que, mesmo depois de ter concluído que a chamada “democracia representativa” não é nem democracia nem representativa, dei incontornavelmente comigo a equacionar a possibilidade de votar BE, sempre que fui confrontado com uma qualquer circunstância eleitoral.

Face ao pleito do próximo dia 5, a questão voltou a colocar-se. Porque o BE é um partido de “esquerda”. Porque defende um conjunto de ideias com que também me identifico. Porque tem gente em quem se pode confiar: arrisco mesmo dizer, séria, honrada e trabalhadora.

Por tudo isto seria um voto que me deixaria de “consciência tranquila”. (Aliás, para os independentes de esquerda, o voto no BE é isso mesmo: fácil, confortável e tranquilizador da consciência. Tal como a esmola dada ao pobre, não lhe resolve o problema mas sossega a consciência de quem pratica o acto).

Mas mais uma vez decidi pela “má consciência” de não votar BE. Votarei em BRANCO.

Porque, em meu entender, aquilo que hoje é essencial para os povos das sociedades ocidentais, é o resgate da responsabilidade directa pelo governo da coisa pública, por parte dos cidadãos, seja qual for a forma que esse direito/obrigação venha a revestir. E onde cidadão signifique político, com todas as implicações que daí decorrem.

Porque o BE não difere dos demais partidos, no que respeita a integrar a mesma casta política que convoca eleitores uma vez de quatro em quatro anos, para um acto que nas actuais condições é pouco mais do que simbólico, em vez de convocar cidadãos todos os dias para o efectivo exerecício da governação.

Porque o regime de “democraci representativa” parlamentar constitui hoje, nestas sociedades, um dos mais eficazes soporíferos, se não mesmo um colete-de-forças, para manter a generalidade dos cidadãos num estado de desresponsabilidade e sonolência/torpor democrático que interessa aos poderes estabelecidos manter.

Porque o BE não diz uma única palavra nem convoca uma única ideia, ao menos nos termos de alguma forma já vulgarizados – democracia directa, democracia participativa, ou outro – tendo em vista debelar o actual cenário, fomentar a abertura de um espaço de debate de novas formas de exercício do poder, envolvendo a generalidade dos cidadãos e rumar a formas mais avançadas de democracia.

Porque o BE representa, também por isso, juntamente com o PC, aquilo que de mais pernicioso o parlamento tem, tendo em vista um governo dos cidadãos: não a direita-herdada-do-salazarismo mas a esquerda-herdada-do-salazarismo.

nelson anjos

Miguel Serras Pereira disse...

Caro camarada Nelson,
subscrevo quase tudo o que diz - e nomeadamente as críticas à integração do BE no "sistema representativo". Creio, no entanto, que a acção da "cidadania governante", a aposta na política "não-profissional", a democracia propriamente dita (como autogoverno igualitário), poderão TALVEZ beneficiar de condições mais favoráveis de um enfraquecimento eleitoral dos partidos que funcionam como capatazes directos da oligarquia que não se faça à custa de uma re-legitimação das concepções do PCP e afins (também presentes, de resto, mas diluídas, no BE). Entre outras razões, porque dada a chamada "indefinição" do BE, torna, penso eu, pouco verosímil que este venha a ser investido como vanguarda redentora seja do que for.
Quanto ao resto, faço das suas razões as minhas e é movido por elas que continuo a tentar guiar-me.

Abraço solidário

msp

ANTÓNIO DA CEREJEIRA SALAZAR disse...

se o abraço solidário é similar ao do pessoal da cp

acho que não paga o passe do mês que vem