26/07/11

Familialismo (ao) rubro

Não sei em que medidacontribuirá para a tonalidade vincadamente familialista deste post hoje publicado por RV, o facto de a mesma militar numa organização que, apesar das suas fervorosas proclamações internacionalistas, se entrincheira, não tanto nas dimensões de uma família numericamente reduzida, como no espaço rarefeito e bem mais sufocante de um espírito de seita que a avidez expansionista não chega — bem pelo contrário — para desensimesmar.

Mas, deixando de parte estas conjecturas preliminares, é caso para perguntarmos o que sabe RV ao certo da parte das culpas de um pai nas circunstâncias que fizeram com que não tenha tornado a ver um seu filho, desde a adolescência deste, e com que tal situação se tenha prolongado até ao presente, por um período de cerca de quinze anos.

Quanto ao facto de o pai do autor dos atentados da Noruega não querer ver agora esse seu filho e sustentar que melhor seria que este se tivesse matado em vez de fazer o que fez, não se compreende bem como, por um lado, pode RV ignorar que, por muito menos, há por aí cortes, dolorosos mas por vezes mais do que justificados, de relações familiares entre pais e filhos, nem como, por outro lado, é capaz de ignorar tão activamente que, para um cidadão adulto e responsável — quer dizer, apostado em continuar a ser e a fazer-se como tal — os laços republicanos da participação política prevalecem, em última instância, sobre a (por assim dizer) naturalidade dos laços familiares da esfera privada.

3 comentários:

Diogo disse...

Atentados na Noruega – apenas o mais recente acto de terrorismo perpetrado pela Nato em países da Europa Ocidental contra cidadãos europeus.

Há dias, o Canal História trouxe a lume, apresentando provas bastante consistentes, uma exposição do terrorismo americano contra cidadãos europeus ocidentais em solo do velho continente.

A locução do vídeo é em português

Este é um documentário que eu não aconselho ninguém a perder:

http://vimeo.com/22815663

Anónimo disse...

vc é completamente tarado.

Andreia disse...

Raquel Varela é uma Trotsko-fascista (tal como Renato Teixeira). O seu fanatismo, a sua intolerância e o seu radicalismo autosuficiente e autoproclamatório são muito parecidos com os que são exibidos pela extrema-direita. O post, infelizmente, só vem confirmar uma visão moralista e conservadora sobre a natureza das coisas... Triste, mas verdadeiro!

Falta apenas dizer que tanto RV como RT não se coibem de, arbitrariamente, CENSURAR comentários às suas postas de pescada.

Também nisto apenas relevam estreiteza: dada a insignificância política da Rubra, devem ter elegido o "5 dias" como uma espécie de frente de frente de intervenção política prioritária - o que, por si só, diz tudo! Assim, justificam (para si próprios e correligionários) os seus métodos CENSÓRIOS com os fins políticos que perseguem... Cristalino, não?