Muita gente parece mais preocupada com uma até agora hipotética invasão da Venezuela (que eu até acho mais provável que não aconteça do que aconteça) do que com a real e presente ditadura venezuelana.
Ainda que largamente opostos no espaço ideológico, fazem-me lembrar aqueles que, numa diferente longitude, estão mais preocupados com uma hipotética "destruição de Israel" do que com a real e presente ocupação israelita.
1 comentários:
Embora me aborreçam as hesitações em afirmar com todas as letras que Maduro é um ditador, eu compreendo aqueles que pensam que o preciso momento é a altura menos pertinente para o fazer.
É porque mesmo que para os Venezuelanos em particular a ingerência dos EUA possa não piorar muito a situação - mal por mal, continuam sem ser donos dos seus destinos - isso já não acontece para o mundo como um todo. A lógica de "podes ser ditador à vontade desde que subjugues os interesses do teu país às conveniências das multinacionais que financiam as campanhas eleitorais nos EUA" não ajuda nada à paz mundial.
A Arábia Saudita é uma ditadura bem mais sanguinária e perigosa, por exemplo, e o governo americano apoia-a sem hesitações. E agora quer quer deitar as mãos (ou permitir que certos interesses privados deitem, melhor dizendo) ao petróleo venezuelano, manifesta muita preocupação com a Democracia. Ora bolas!
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