20/09/10

A nova aldrabice de Portas

Paulo Portas, o justiceiro, anda agora a tentar impingir-nos uma rede de câmaras de videovigilância, feito caixeiro-viajante da paranóia securitária. Nada de novo aqui: como bom demagogo, convém-lhe ter sempre no bolso mais uma solução milagrosa para o crime, as malfeitorias dos emigrantes, etc.
De forma que lhe deve parecer muito subtil, o parlapatão do PP chama-lhes câmaras de «videoprotecção». O objectivo é evidente: vender esta tecnologia como a solução final para a criminalidade; encham as esquinas de câmaras e todos iremos viver protegidos.
O problema, claro está, é algo pouco relevante para o bando de gafanhotos disfarçado de partido em que se transformou o PP: a realidade.
Na realidade, estes sistemas não impedem o crime, tendo demonstrado um efeito quase nulo nesse campo. Mais: no Reino Unido, onde já milhões destes dispositivos foram instalados, já se coloca em causa até a sua eficácia como auxiliar na identificação dos criminosos.
«According to a British Home Office review of dozens of studies analyzing the cameras' value at reducing crime, half showed a negative or negligible effect and the other half showed a negligible decrease of 4 percent at most. Researchers found that crime in Glasgow, Scotland, actually increased by 9 percent after cameras were installed there.
In the United States, one of the most prominent examples was Tampa's use of facial recognition technology in 2001. But the city's police department dropped the technology two years later when it failed to result in a single arrest.»
Mas quem é que nos protege destes protectores da treta?

1 comentários:

nunocastro disse...

e será que não era possível saber se alguma firma do Portas ou ligado ao PP tem negócio de câmaras de videovigilância na gaveta prontinho a saltar???

é que um conservador neoliberal tem sempre outra qualquer na manga