03/01/12

Benzer o garrote

Tão grotesco como ser Portugal o país da UE que, a seguir à Grécia, mais gasta em cerimónias de defesa nacional, é o escândalo do reforço dos subsídios e favores prestados à padralhada e às suas obras pias de educação e práticas esmoleres, tendo por acompanhamento as exortações à caridade cristã dos mesmos lusíssimos responsáveis pelo governo da economia e pela economia da oligarquia governante que apostam na demolição administrativa dos direitos sociais e das liberdades políticas. Como dizia o Zeca, "também Franco, o assassino, / mandou benzer o garrote". Mas isto sou eu e outros alguns que nunca pensámos ser possível que, a não ser à beira de uma crise de nervos irreversivelmente suicida, os passos coelho da região se atrevessem a falar publicamente de "democratização da economia".

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