25/01/12

Obviamente censura



Na edição de hoje do jornal Público, há uma entrevista a Pedro Rosa Mendes, através da qual é possível perceber melhor os contornos do que parece ser claramente um ato de censura. Nessa entrevista, Pedro Rosa Mendes menciona que a administração da RDP o contatou com a intenção de renovar o contrato que terminava a 31 de Janeiro. Tendo sido por isso com supresa que recebeu a notícia da sua dispensa, após a sua crónica no dia 18 de Janeiro no âmbito do programa "Este Tempo" na Antena 1, na qual criticava o servilismo da RTP perante os governos de Portugal e Angola, que teve o seu ponto alto na infâme emissão do programa televisivo Prós e Contras da RTP feita a partir de Angola no dia 16 de Janeiro. A propósito desta vale a pena ler este post do Daniel Oliveira.

A censura não terá tido como único alvo Pedro Rosa Mendes, pois Raquel Freire, também interveniente no programa em causa, era mais uma voz crítica do governo e das suas políticas. Já tinha sido sinalizada por José Manuel Fernandes. E sentido pressões para moderar as suas críticas e apelos a uma democracia mais participativa. Ouçam a sua última crónica no programa em causa, sobre liberdade e serviço público.

2 comentários:

Libertário disse...

Mais um escândalo à portuguesa!

Há entre nós uma fixação em falar da corrupção em Angola, só que o tema que para nós devia ser central é o da corrupção generalizada neste nosso sistema político mafioso.

Quanta á censura ela é omnipresente nos nossos meios de desinformação com a colaboração activa, ou passiva, dos jornalistas...
Não me parece que seja o único que consegue ver essas realidades!

Anónimo disse...

O artigo do Daniel Oliveira é notável e muito corajoso, sibilino e polifónico. Para tentar perceber- em visão panavision...- o que está na origem da censura e afastamento de Pedro Rosa Mendes das ondas da RDP, o Pedro Vieira deve consultar os posts do Filipe Nunes Vicente( Lathe Biosas), de há dois dias, e os comentários desassombrados feitos na altura da posse do Executivo por Eduardo Pitta sobre a " equipe " de colaboradores do " vice- primeiro ministro " de Passos Coelho, designação de M.Rebelo de Sousa num dos seus skteches da TVI, que vale o que vale pela ironia e malandrice..., ao referir-se ao inefável Miguel Relvas. Salut! Niet