13/11/15

A privatização da TAP

A privatização da TAP parece um negócio cheio de aldrabices: creio que neste momento já se percebeu que afinal o Estado é que vai à mesma pagar as dívidas e que o grupo Barraqueiro não passa de um testa-de-ferro para contornar as regras europeias sobre empresas controlados por investidores de fora da UE (onde andam os defensores dos "compromissos europeus" face a esta tentativa de fugir às normas comunitárias); e creio que até é discutível que este governo ainda tivesse autoridade para proceder à privatização.

Dito isto, também não acho que a privatização seja uma grande tragédia - com a proliferação de companhias aéreas que há atualmente, fornecendo voos para as mais diversas rotas, é díficil argumentar que a TAP continua a ser um empresa de importância estratégica, necessitando de ser controlada pelo Estado (mais fácil seria defender isso para os aeroportos, p.ex.). Mas a suposta importância estratégia da TAP parece ser um dogma para todos os partidos portugueses, nas variantes "não pode ser privatizada porque a empresa tem um papel muito importante" ou "os trabalhadores não podem fazer greve porque a empresa tem um papel muito importante".

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