31/05/10

Não!

Merece o repúdio mais veemente o ataque, em águas internacionais, dos seis barcos que procuravam romper o bloqueio a Gaza. A desproporção dos meios (um ataque de unidades de elite de Israel contra cidadãos indefesos) e as vítimas causadas é, além do mais, um acto que envergonha os defensores do direito à soberania do Estado de Israel. Mesmo que o "combóio náutico" comportasse, além do humanitarismo, doses de provocação e desafio, utilizando "escudos humanos" que se consideravam eficazes. A indignação internacional causada por este acto injustificável e miserável, mostra para onde aponta a escalada dos “falcões israelitas”: o isolamento de Israel e o crescimento em apoios propagandísticos dos amigos dos fanáticos islâmicos do Hamas, mais prosaicamente do fascismo terrorista islâmico, espalhados por todos os sítios onde o antisemitismo medrou, bebendo nas paranóias da Inquisição, dos "progroms", de Hitler ou de Estaline. Portanto, o que aconteceu foi um crime de Israel contra Israel, a Palestina e contra a comunidade internacional. Ou seja, uma estupidez manchada de sangue. Assim? Não!

(também publicado aqui)

3 comentários:

Kruzes Kanhoto disse...

E dos marinheiros sul coreanos abatidos pelos malucos do norte ninguém diz nada? Com esses não há solidariedade?! Pois...

Manuel Vilarinho Pires disse...

Caro Kruzes Canhoto,
O que é que tem o cu a ver com as calças?
Creio que o caso do navio sul-coreano está a ser investigado para perceber se foi, de facto, afundado por um torpedo norte-coreano. Assumamos que a investigação chega à conclusão que, de facto, foi, como parece ser o ponto de partida do seu comentário.
Quantos activistas de direitos humanos turcos é que propõe que Israel tenha direito a liquidar até se poder começar a lamentar o ataque homicida?
Ou será que concorda genericamente com os homicídios israelitas ou com os homicídios de activistas dos direitos humanos e a sua analogia não passa de um pretexto para os defender?
Cumprimentos

Anónimo disse...

Meus caros: O J. Tunes acertou bem na sua análise compacta e segura sobre o terrível desgaste de " imagem " que vitimou Israel por este ataque ao pacífico combóio marítimo em prol da Liberdade de Gaza. Num fantástico editorial no seu blogue inserto na Marianne Online, J-François Khan, o grande jornalista e elemento importante dos circulos pró-judaicos de Paris, não poupa
o fiasco da intervenção militar instruída pelo governo de B. Netanyahou: " É a razão de Estado de Israel que, por causa deste desastre, aparece como radicalmente ilegítima e quase absolutamente desonrada "; frisando que Israel está agora internacionalmente quase tão " isolado " como a Coreia do Norte... O Libé. trazia uma entrevista com um especialista francês do Colégio Militar da NATO em Roma, Pierre Razoux ,onde , em síntese, apontava que se os " EUA não condenarem o ataque, o governo de "Bibi" N.concluirá que o essencial foi preservado: isolar por completo o Hamas ". David Grossman, o célebre escritor de Israel, escreve no The Guardian que " Israel está em crise " e este ataque revela "desorientação e deriva". Niet