24/05/10

Príncipe Real

Com um atraso considerável em relação ao prometido, foi reaberto o Jardim do Príncipe Real. Para quem fazia daquele espaço público o seu dia-a-dia, não é uma questão menor. O jardim era bonito, está bonito, embora com diferenças cuja análise deixo para outra ocasião. O piso, contra as minhas expectativas, ficou bem melhor. Entretanto, a CML organizou uns dias de festividades, em conjunto (ou com o apoio; o cartaz não é claro) com a East Banc, uma empresa imobiliária que pretende criar um bairro de charme a partir da reconversão de palácios e edifícios antigos e abandonados que se encontram na zona do Príncipe Real. O bairro não é, diga-se, de "charme", entre outras coisas porque é popular (não apenas no sentido fashion, isto é, um bairro "típico" que a malta jovem e não tão jovem e com a mania que é artista e intelectual gosta de habitar; mas também no sentido plebeu - isto é, vive por ali muita malta que nasceu ali, que é "do bairro", como eu sou do bairro de "benfica", onde vivi até aos meus 19 anitos). O que eu gostava de saber é: alguém da CML tenciona dar a conhecer o plano da East Banc e colocar o mesmo à discussão da freguesia? E, já agora, o custo do arranjo do jardim onera a CML apenas e só ou também a East Banc? E as festividades? Só para perceber se a estratégia de charme da East Banc junto da CML (mas também da população, por certo) está a ter resultados.

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