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O
livro de Carlos Brito sobre Álvaro Cunhal, pelas razões habituais nestes casos, estava destinado a muitos interditos, externos ou íntimos. O anúncio pelo editor (um editor individual, não uma grande empresa editora) de que, ao fim da primeira semana de venda, já avançou a impressão da segunda edição, demonstra que nem todos os
índex funcionam. Podem haver muitos a lê-lo no recato e à socapa (só pode), numa clandestinidade mansa e doméstica de desafio íntimo ao centralismo do santo ofício e ao longo braço do império do silêncio, mas lê-se. Portanto, uma boa notícia. Que pode não a ser para o sacrossanto, actual e monolítico Comité Central mas que é, sem dúvida, importante para a memória histórica e política sobre Álvaro Cunhal: Com menos mito nem deificação feita por vivos petrificados no poder do contra-poder, viva Cunhal!
(também publicado
aqui)
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