26/05/11

Com efeito, the revolution won't be televised. Percebe-se bem porquê.


Este vídeo é cruel, eu sei. Mas não consigo deixar de esperar que a meio surja ali o John Cleese com uma punch line fatal. E tudo me transmite a ideia de uma gigantesca máquina de Rube Goldberg feita de gente, discursos e minudências processuais.

15 comentários:

Diogo disse...

Coloco uma sugestão:

As manifestações e os acampamentos, que considero um extraordinário esforço de vontade e abnegação, com o passar dos dias podem tornar-se mais cansativos e desgastantes para os manifestantes do que para o «PODER».

A geração à rasca dispõe de muitos milhares de advogados. Porque não começar por acusar judicialmente os políticos cujas obras inúteis e faraónicas enterraram o país perante os bancos – eufemisticamente chamados «mercados»? E ter um exército constantemente nas salas de tribunal para não deixar os juízes colocar o pé em ramo verde e a beneficiarem o político A, o administrador B ou o autarca C.

A geração à rasca dispõe igualmente de muitos milhares de economistas, contabilistas e engenheiros. Porque não colocá-los a examinar a pente fino as contabilidades do Banco de Portugal, dos Bancos, das Câmaras Municipais e das PPPs?

Não será tempo de agir também de outra forma? Com mais assertividade? Bater onde mais lhes dói?

Anónimo disse...

Caro Luis, as suas pantufas devem ser bem quentinhas. Proponho que distribua algumas iguais àquele bando de jóvens descerebrados que tentam recuperar uma soberania (popular) há muito sequestrada, e não sabem como (quiçá, a culpa é deles, por não serem inteligentes como tu). Assim, eles poderão apoquentar suas opiniões em seus respectivos blogues, visto que a revolução apareçerá em streaming. Ah, desculpe, esqueci, se não há espectaculo, o que farão os espectadores? Sobre o que vão comentar? Se calhar seria giro tazer umas cadeiras e montar cursos confortavelmente académicos para se discutir algumas dessas questões, o que acha?
Não calculo a diferença entre velhos e jóvens pelo tamanho da calvíce mas pela vontade de seus actos. Não considere este comentário como uma acusação vazia contra quem não particpa e depois usa de seus espaços privados para criticar o que se passa no público (a liberdade de escolha em principio é sua, em ambos espaços).
É que faço a distinção entre ironia e sarcasmo. John Cleese é brilhante no primeiro quesito, constructivo. Você é baixo no segundo, destructivo. E ofensivo.

LC disse...

Acho muitas vezes ridículo o que oiço no Rossio e não me faltam adjectivos para o categorizar. Mas imensamente mais ridícula e triste é esta postura de merda de quem usa a eventual ingenuidade alheia para bater punhetas a pensar quão genial é.

Anónimo disse...

"Acho muitas vezes ridículo o que oiço no Rossio e não me faltam adjectivos para o categorizar"

acho que acabaste de repetir o post do luis rainha no primeiro paragrafo...

Luis Rainha disse...

Sim, amiguinhos: eu sou um comodista burguês detentor de um sentido de humor bacoco. Logo, vai daí, podemos concluir que o que se vê neste vídeo não é uma palhaçada inconsequente e que vai dali brotar a revolução por que todos esperávamos. Claro que sim.

Anónimo disse...

Não, a revolução que vem irá brotar da enésima reformulação de uma chico-espertice saloia que só visa mascarar um quotidiano de merda. Gozar com o que se diz no Rossio é tão fácil que perdeu a piada na segunda meia hora do primeiro dia, quem em tal persiste sem perceber o que há de interessante a acontecer naquela praça lembra quem olha para um pollock e só se lembra de dizer que até a avó era capaz de pintar aquilo. De qualquer modo ninguém lhe chamou burguês, isso queria você, chamaram-lhe parvo, que é diferente.

Anónimo disse...

gozar com o que se diz no rossio é fácil? pois é. e o que é que as pessoas que lá andam pensam fazer sobre isso (ou seja, que as levem a sério)? grupos de trabalho? ou votações-sondagem?
não me digas que não é coisa que as preocupe, porque assim só posso concluir que vocês são uma seita que vai acabar a fazer uma peregrinação ao deserto para fugir do helter-skelter!

Anónimo disse...

eu quando vejo alguém a tentar abrir uma porta batendo-lhe com a cabeça também acho muito engraçado... e não me junto. apesar de achar muito interessante a técnica.

Anónimo disse...

há já vários grupos de trabalho, tanto de manutenção do acampamento como de discussão de outros assuntos. Aliás não há dia em que não fique gente a discutir sobre as suas vidas até de madrugada. Resta pensar se o spahn ranch local não será blogosfera. Comprendo que não se junte a quem tenta abrir a porta com a cabeça, eu pessoalmente não me junto a quem fica sentado conformado com que estê fechada, gozando com quem ainda tem vontade de a abrir.

Anónimo disse...

Antes dois minutos aos beijinhos com as freaks lindas do rossio que meio hora numa das vossas aulas a olhar para as vossas trombas frustradas.

Anónimo disse...

Olha, os manifestantes do rossio são os únicos que tentam abrir as portas fechadas desta vida.
E depois estranham que gozem com eles quando o fazem às cabeçadas!

Anónimo disse...

antes dois minutos aos beijos com as freaks lindas onde quer que estejam do que 30 minutos sentado no chão a levar paulada da bófia sem responder porque politicamente não fica bem

Patrick disse...

Luis Rainha (que já não é Caro, pelo menos para mim), fui eu o anónimo que te aconselhou acima ir distribuir pantufas ao bando de jóvens. A sua resposta, a partir de "Logo, [...]" é puro sofismo, e como o teu humor, é mesmo mal (ou mau, se preferir). Na próxima, erre melhor.

Não te acusei de ser burguês. Se tens preconceito contra a tua própria classe social o problema é teu. Também não te acusei de ser simples comodista, mas de ser sarcástico (beirando ao sádico, porque o acampamento esta sendo um sofrimento pela falta de apoio).

Pessoalmente, também não creio que daqui saia uma revolução. Mas que estamos a sair da paz social, isto é certo.
De resto, não sou futurólogo e não me arrisco a dizer o que vai ou não acontecer (enquanto formado em história, conheço pelo menos a imprevisibilidade dela).

Voltando ao primeiro ponto, não sou contra burgueses comodistas, mas contra burgueses comodistas de direita, que estão a sabotar o movimento com criticas, desctrutivas!, em seus respectivos blogues. Há uma acção, e tu fazes parte da reacção, tal como os media que propositadamente estão a silenciar, para que ninguém venha ao Rossio.

Luis, eu moderei uma mesa completamente caótica, mas que conseguiu não morrer na desordem.

Estamos a tentar organizar um movimento ao avesso, e apesar de todos os seus defeitos (há provavelmente mais defeitos do que qualidades, o balanço será feito pelos que tiveram Experiência nela, friso a maiúscula). Há momentos de palhaçada, mas há momentos muito sérios (por acaso os momentos mais sérios não se desenrolam nas Assembléias, mas sim nos grupos estruturais: Comunicação, Manifesto, Acção Directa e Logística). O movimento não é uma palhaçada, esta não é minha primeira experiência política e eu já não perco tempo com palhaçadas (além desta aqui que é uma parentesis). O movimento é o que é, e por lá passam palhaços. Como tu. É uma consequência da inconsequência, se quiser. Mas baixe a bolinha quanto à classificação de inconsequência do movimento, é um conselho. A minha cartada é que haverá consequências ainda este ano, aposto o teu pedido de humildade.

Aqui não voltarei, deixo já avisado. Se quiser continuar um dialogo desconstrutivo (e não destrutivo!), já sabe meu nome estarei pelo Rossio. Aqui não voltarei porque me cansam as punhetas intelectuais e eu prefiro sexo. Mas a punheta aqui foi boa, e obrigado pela 'mãozinha'.

Anónimo disse...

este ultimo comentário ainda é mais engraçado (no sentido que mais vale rir que chorar perante algumas infelicidades, que foi aquele que eu dei ao post do LRainha) que o video da assembleia no rossio:

"Não te acusei de ser burguês. Se tens preconceito contra a tua própria classe social o problema é teu."

mas acabou de acusar agora! (a tua própria classe social)


"Também não te acusei de ser simples comodista, mas de ser sarcástico (beirando ao sádico, porque o acampamento esta sendo um sofrimento pela falta de apoio)."

coitadinho, é uma vítima... ou melhor, é um militante a sacrificar-se pelo movimento (até me arrepio. mas onde é que eu já ouvi isto?). os outros é que não o compreendem. um conselho: se perdesse mais tempo a pensar nas razões dessa falta de apoio, em vez de culpar os outros e as suas opiniões pelas suas frustrações revolucionárias fazia bem melhor. (ao movimento, claro)

"estamos a sair da paz social, isso é certo"

imagino que por paz social se esteja a referir à brutal repressão que sofreram os manifestantes anarquistas no 1º de maio em Setúbal, ou outras coisas que tais, que isto da luta pela democracia verdadeira não começou há duas semanas em Espanha. o facto de ser formado em história só confirma mais uma das falências deste sistema pseudo-democrático: a do sistema de ensino.

"Estamos a tentar organizar um movimento ao avesso,[...] o balanço será feito pelos que tiveram Experiência nela, friso a maiúscula). O movimento não é uma palhaçada,[...]O movimento é o que é, e por lá passam palhaços. Como tu."

portantos, movimento ao avesso(hã!?), quem faz a avaliação é quem teve a Experiência (vindo de alguém formado em História, cá está a punch line do J. Cleese que faltava), não é uma palhaçada mas por lá passam palhaços como o LRainha... que ainda há um ou dois pontos finais atrás é acusado de não possuir a "Experiência"... e que tal tomar os comprimidos antes de escrever, patrick? é que fica-se com a ideia o seu comentário é que foi na palhaçada...ah, espera lá. mas é ele mesmo que o afirma num lapsus linguae de lucidez inconsciente:

"...e eu já não perco tempo com palhaçadas (além desta aqui que é uma parentesis)."

concluindo: aconselho o LRainha a ir ao rossio mas a manter-se bem afastado deste sujeito. na minha opinião, todas as pessoas que acham que masturbação não é sexo são extremamente perigosas!

Luis Rainha disse...

Podia dizer-te que a mãozinha era da tua mãezinha.
Mas é melhor estar-me nas tintas para um caramelo envolvido num momento tão fulcral para a espécie e que, mesmo assim ,ainda tem tempo e vagar para estas merdas.
A tua sorte é que não se morre de inflação do ego.