21/09/10

"Juden Raus! Auf nach Palästina" - "Judeus fora! Vão para a Palestina"

Slogan nazi dos anos 30 (ainda a propósito disto e disto).

14 comentários:

xatoo disse...

... e aqui é que bate o ponto, nos actos provocatórios da IIGrande Guerra cujas origens vinham já da IGGuerra
A Palestina era território sob mandato britânico desde o fim da guerra segundo mandato da muito conveniente SdN, cujas direcções politicas eram incondicionalmente pró-judaicas. Vide p/e um judeu como primeiro ministro (Benjamin Disraeli) ou o autor da famosa declaração ao banqueiro Rothschild (escrita por Lorde Balfour) que era sobrinho do duque de Wellington cuja glória se atingiu com o desfalque dado pela Casa bancária Rothschild ao ducado do princípe Guilherme IX de Hessen e cujo capital foi aplicado nas guerras peninsulares que prepararam a derrota de Napoleão em Waterloo e subsquente hegemonia inglesa sobre a Europa firmada pelo Tratado de Ghent
Por sua vez, é conhecida o alinhamento natural dos povos Árabes com o nazismo, uma alternativa emancipadora ao dominio ultramarino da Grâ-Bretanha pró-judaica. Isto é, para quem se lembra que Rommel é recebido no Cairo como libertador sob os aplausos gerais da população em comicios organizados pelo então jovem oficial nacionalista Anwar Al-Sadat

o conflito árabe-israelita, para lá dos factos recentes conhecidos, tem raizes muito profundas e antigas, que são posteriormente obliteradas pela "indústria do holocausto" conforme tem vindo a ser desmistificada pelo judeu não-Sionista Norman Finkelstein
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CN disse...

Em geral, o recebimento dos nazis como libertadores, é algo que se vê em todas as épocas na histórica sobre um novo império que vai libertar pequenos povos que estão sobre a alçada de um outro império. Como a Polónia ver Napoleão como libertador, os Ucranianos começaram por ver bem o avanço nazi, ou os croatas sob o domínio sérvio. Daqui, ver os árabes-vs nazismo como alguma espécie de comunhão de pensamento, é mais ou menos ridículo.

xatoo disse...

CN
realmente só por burrice se interpretaria tal coisa (um alinhamento integral de pensamento) numa relação entre dominadores e dominados onde existem decerto politicas pontualmente convergentes. Porém não me admiraria nada ver MSP aparecer por aqui a defender a tese de que 2 mil milhões de árabes seriam nazi-fascistas
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Diogo disse...

A criação de Israel na Palestina nada tem a ver com religião ou raça. Tem a ver com a proximidade do petróleo e do canal do Suez.

Miguel Serras Pereira disse...

xatoo,

eu não penso, ao contrário de si, que a etnia ou a raça determinem a ideologia. Nem dos judeus, nem dos árabes, nem dos alemães, nem das etnias não-árabes muçulmanas.
E você já percebeu que se nazificou?

msp

xatoo disse...

na mesma linha poder-se-ia argumentar que MSP se Sionizou...(e nota-se que não é de agora, a militância na causa deve ser bem antiga)

assim como assim, os extremos das simpatias de MSP tocam-se, tal como no caso dos batalhões judaicos que combateram em conjunto com os exércitos nazis, facto que é reconhecido por historiadores tão respeitáveis como John Keegan
http://www.kansaspress.ku.edu/righit.html
Houve até um judeu, Werner Goldberg, que se celebrizou num cartaz de propaganda Nazi
http://www.kansaspress.ku.edu/righitpix.html

Miguel Serras Pereira disse...

xatoo,
primeiro, não me sionizei coisa nenhuma e tudo o que tenho dito sobre o assunto põe em causa a fórmula confessional e discriminatória dos critérios de cidadania israelita.
segundo, e mais importante, não faço da raça um critério político (nem de explicação nem de proposta), além de que dou prioridade à exigência de democratização (política e económica) acima das considerações do tipo "independência nacional", "identidade cultural", etc.
Conversa acabada, xatoo.

msp

Ana Cristina Leonardo disse...

ó xatoo, explique-me só uma coisa que eu ainda não percebi (se quiser, claro): é contra ou a favor da existência do estado de israel? só para começo de conversa. depois podemos discutir história, colonatos, faixa de gaza e etc. (até a indústria do holocausto, se quiser). mas, claro, a conversa não tem interesse nenhum se achar que o estado de israel deve desaparecer do mapa. seria uma perda de tempo, não lhe parece?

xatoo disse...

óptimo.
MSP ao admitir que não deve ser o conceito de "raça" a dirigir a história, acaba de admitir a tese do professor Schlomo Sand segundo a qual o povo judeu não existe, é uma invenção (outro livro que o lobie tudo fará para evitar a tradução). Para o bem das "almas belas" assim será o desejo filosófico. Porém para o mal, os judeus que usurpam posições em Israel com suporte activo da diáspora instalada no poder nos EUA existem em concreto, e as suas acções são dramaticamente visiveis.

Assim, se "o povo judeu" (1) não existe, mas sim um grupo de usurpadores conversos de uma pseudo identidade baseada na mitologia bíblica, Israel na presente forma não tem o direito de existir; dever ser transformado num Estado etnicamente multicultural segundo o principio 1 homem 1 voto, devendo para efeitos de equidade todos os individuos estrangeiros imigrantes importados ao abrigo da famigerada lei da nacionalidade judaica ser repatriados. Não existe moral absolutamente nenhuma que possa defender a existência de Israel na sua actual forma.

(1) bem avisado anda o ZéNeves, dedicado à coordenação de obras bem mais consistentes (Como se Faz um Povo) ao invés, cada vez mais arredio em compartilhar um espaço com os pensamentos mágicos de MSP. Talvez quando esse tipo de conversa da treta regado a bom vinagre anti-comunista (Tunes e Rainha) desaparecer aqui do sítio, então sim talvez "a conversa esteja acabada" e possamos finalmente debater assuntos numa perspectiva séria
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Miguel Serras Pereira disse...

Com o xatoo a conversa acabou. Chamo, no entanto, a atenção dos leitores para o livro que ele cita sobre o "povo judeu" como construção mítica suportada por formas institucionais sui generis nada tem de tentativa de "racializar" a história. De resto, a primeira pessoa que me falou nele foi Claude Orsoni, velho amigo judeu corso e tradutor para francês de Marx (participou na equipa de tradutrores de Marx coordenada pelo grande Maximilien Rubel), além de discreto, mas perspicaz ensaísta político.
Independentemente dos aspectos polémicos, a tese nada tem a ver com o que o xatoo pretende.
Mas, claro, de certo modo, o que o desespera é isso mesmo: haver quem, como eu, pense que o povo judeu ou o povo português ou o povo cubano realmente não existem no sentido em que o xatoo os entende: são "criações imaginárias" e não realidades biológicas: são "representações" materializadas ou historicamente feitas como instituições e não traços genéticos que caracterizam e subjazem à sua existência não-necessária sobre o fundo de uma indeterminação irredutível (ou ordem de determinações instituída pela acção humana sem causa suficiente exterior à própria acção).

msp

xatoo disse...

s`pera lá... MSP tem um amigo que conhece de ouvir falar e que lhe disse...
Passemos então a palavra ao próprio autor de The Invention of the Jewish People, sem bichanadelas de intermediários que nem todos ouvem, para todos percebermos do que é que estamos a falar:
"... population began to forge themselves as peoples in the context of centralizing kingdoms and early nations-states, create a Jewish people? The response is negative. With the exception of Eastern Europe, where the demographic weight and uniquely distinctive structure of Jewish life nurtured a specific form of popular culture and vernacular language, no Jewish people - as a single, cohesive entity - every appeared. The Bund Party wich represented one of the "proto-national" expressions of Eastern Europe`s Jewish population, understood that the boundaries of the people whose representative and defender it set out to be coincided with those of the Yiddish tongue. It is interesting, moreover, to note that the early Zionists in Western Europ earmarked Palestine for the Jews of the Yiddish-speaking world, and not for themselves; they sought for their part to be properly English,German, French or American, and even joined passionately in the national wars of their respective countries"
isto é,
temos aqui exactamente a mesma tese de Marx na "Questão Judaica" na qual defendeu que "o judeu se integraria nas sociedades para onde tivesse resolvido emigrar"
Históricamente nada mais há para trás disto. E note-se que o primeiro documento escrito que refere textualmente a palavra "judeu" (semita, quer seja do Egipto, da Anatólia ou do Cáucaso) data do século IX na lista de carga de um navio da República de Veneza

Miguel Madeira disse...

"With the exception of Eastern Europe, where the demographic weight and uniquely distinctive structure of Jewish life nurtured a specific form of popular culture and vernacular language, no Jewish people - as a single, cohesive entity - every appeared. "

E com a excepção das zebras não há equideios na África sub-sahariana.

E, de qualquer maneira, o mesmo pode ser dito acerca de uma carrada de povos "inventados" no século XIX ou mesmo no XX (há uns séculos atrás, não havia checos mas sim boémios e morávios).

Miguel Serras Pereira disse...

Claro, grande Miguel M. O que é "flutuante", "incerto" ou "instável" e ""acidental" na identidade de um povo é a marca da sua natureza histórica e "imaginária", da realidade do seu fazer-se e imaginar-se instituintes sui generis.
Quanto às distorções tão vis como ridículas do xatoo, aqui fica o aviso: tenho todo o direito, como qualquer outro freguês desta sinagoga de infiéis e incréus, de recusar a publicação de comentários que me chamem mentiroso ou que declarem falso o que eu digo sobre a minha vida e relações pessoais. Não há nenhum problema no facto de o xatoo não saber quem eu conheço de ouvir falar e quem conheço como amigo próximo, mas não lhe admito que me desminta sobre esses assuntos. Assim, se ainda não lhe cortei os comentários racistas e/ou pessoalmente injuriosos, confesso que é porque acho instrutivo, apesar de desagradável, o espectáculo de um neo-nazi que chafurda na bílis do ódio que regurgita.

msp

xatoo disse...

argumentos zero