24/09/10

Sobre "uma velha frase de José Casanova"

É de presumir que os sábios responsáveis supremos do Partido, pondo embora as suas dirigentes complacências no reforço da estalinização ideológica do Avante!, desaconselhem o órgão oficial do PCP de citar menos cautelosamente José Estaline — o que poderia perturbar alguns espíritos menos bolchevizados, ou mais vulneráveis aos argumentos da razão simplesmente democrática, entre os seus simpatizantes havidos ou a haver. Como é óbvio, uma directiva semelhante não poderia deixar de ser cumprida, em primeiro lugar, pelo director do jornal, José Casanova. Assim, o pobre, ao sentir a necessidade de estalinizar em grande, ver-se-ia forçado a citar-se a si próprio em vez de recorrer à transcrição do verbo do outro genial José.
Com efeito, é a explicação que se impõe se dermos crédito à conclusão deste comentário de José Manuel Faria, deixado na caixa dos mesmos do post de um ex-esquerdista, cujas estridentes proclamações  de apoio ao PCP disfarçam mal o processo de fascização caracterizada a que sucumbiu,  e que naturalmente rejubila com o desprezo — claramente ao arrepio da inspiração fundamental de Marx — pela argumentação racional e com a prática das bulas de excomunhão adoptada por José Casanova:

Comentário de José Manuel Faria
Data: 24 de Setembro de 2010, 10:56
“São assim os média dominantes: enquanto propriedade dos grandes grupos económicos e financeiros, servem, exclusivamente, os interesses do patrão.”
Esta é uma velha frase de José Casanova: ” O único Jornal isento e que todos devem ler é o Avante, todos os outros estão ao serviço do capital” Conferência Nacional do PCP.

Q.E.D.

36 comentários:

Anónimo disse...

Oh meu senhor diga-me lá o que bolchevique tem que ver com estaline?
Os bolcheviques são exactamente o contrário do são e forma os estalinistas...um pouco mais de rigor pff

Anónimo disse...

Se há alguém na blogosfera portuguesa com espírito de pide; alguém que vasculha as caixas de comentários, que as analisa à lupa, que as censura, que as filtra à luz de uma suposta racionalidade democrática; alguém que rotula a cada passo as pessoas, que as expõe e que as denuncia; alguém que escreve posts apenas lançando opróbrios e insultos, ainda que em nome de grandes princípios autonomistas - esse alguém é o autor deste post.

Luis Rainha disse...

Esse comentário, a propósito deste post perfeitamente justo, é especialmente despropositado.

Miguel Serras Pereira disse...

Anónimo que exclama "Oh meu senhor…"

bom, o reparo não é disparatado: se quiser, ponha aspas nos bolcheviques. Bem sei que Estaline liquidou toda a velha guarda bolchevique - não poupando sequer os (muitos) que, por diversas razões, capitularam. Mas, no meu texto, é como se o termo fosse usado por um estalinista ou m-l empedernido, que reivindicasse para si e para as suas posições o exclusivo dos direitos sobre o termo "bolchevique".

Saudações democráticas

msp

Edmundo Silva Santos disse...

JÁ VALE TUDO ?

Bem vistas as coisas,Miguel Serras Pereira constrói todo um «post» à volta de uma frase atribuida a José Casanova por José Manuel Faria escrevendo «Esta é uma velha frase de José Casanova: ” O único Jornal isento e que todos devem ler é o Avante, todos os outros estão ao serviço do capital” Conferência Nacional do PCP.

Ora, é muito pouco abonatório da lisura intelectual e política
de MSP que dê corda a uma frase que alguém atribui a outra pessoa, sem cuidar de saber da sua fonte ou autenticidade.

E acontece que a última Conferência que o PCP realizou foi em 2008 sobre questões económicas e sociais e nela Casanova não falou, que no Encontro sobre as eleições de 2009 também não falou e que no último Congresso do PCP também não falou.

Não, não e não, Miguel Serras Pereira isto não é questão para morrer neste meio-cemitério que são as caixas de comentários.

De facto, se não conseguir fazer a prova da autenticidade da suposta ou alegada declaração de José Casanova,o seu mais elementar dever é fazer um post na página principal do blogue a reconhecer perante todos os leitores que pede muita desculpa mas emprenhou pelo ouvido.

Miguel Serras Pereira disse...

Edmundo Silva Santos,

este meu post parte de uma citação de um comentador que considero - pela experiência de leitura dos seus textos - digno de confiança (não pensa sequer como eu a respeito de muita coisa). Parte de uma citação e assume-o, o que só não vê quem não quer, uma vez que eu escrevo: "…se dermos crédito à conclusão deste comentário de José Manuel Faria…", então concluímos, etc., etc.
Sem querer contestar as suas fontes, posso admitir que o José Manuel Faria tenha localizado, de memória, a frase num contexto inexacto. Mas não me passa pela cabeça que se trate de uma "falsificação" ou "invenção". Não são métodos que o tenha visto usar alguma vez.
Por fim, note que a questão que você levanta não o leva muito longe. Se o meu post se chamasse "Sobre uma citação cara a José Casanova", e se, onde se lê que "o pobre … ver-se-ia forçado a citar-se a si próprio em vez de recorrer à transcrição do verbo do outro genial José", passasse a ler-se: "o pobre … ver-se-ia forçado a citar um anónimo em vez de recorrer à transcrição do verbo do outro genial José" - a diferença não seria muita.
Até mais ver, ficamos por aqui.

msp

xatoo disse...

sempre, sempre metido em alhadas por via da infantil verve anti-comunista, pq para além da assanhada sanha não há nada.
confesso que já começo a sentir pena desa triste criatura...

josé manuel faria disse...

"Bem vistas as coisas,Miguel Serras Pereira constrói todo um «post» à volta de uma frase atribuida a José Casanova por José Manuel Faria escrevendo «Esta é uma velha frase de José Casanova: ” O único Jornal isento e que todos devem ler é o Avante, todos os outros estão ao serviço do capital” Conferência Nacional do PCP."

- A Conferência Nacional foi no Seixal era delegado por Vizela, ao meu lado estava um ex:membro do Comité Central que subiu à Tribuna para pedir um Congresso Extraordinário.

ps: Penso que não é necessário dizer o seu nome.

Miguel Serras Pereira disse...

José Manuel Faria,

obrigado por confirmar aquilo de que, como é evidente (caso contrário, não teria feito o post que fiz), nunca duvidei no seu testemunho.

Cordiais saudações solidárias

msp

Anónimo disse...

Pedindo desculpa pela intromissão, mas fazendo jus á minha fama de rato de biblioteca e só por uma questão de rigor, venho informar que a Conferência a que se refere José Manuel Faria se realizou em Junho de 2002, portanto há 8 anos, portanto, o tempo suficiente para a memória de qualquer um de nós o trair.

Informo que a intervenção de José Casanova está disponível na integra aqui – em http://www.pcp.pt/avante/20020704/index.html (foi publicada no Avante! de 4.7.2002).

Recordo que a frase invocada por José Manuel Faria (e em que MSP acreditou piamente) era ” O único Jornal isento e que todos devem ler é o Avante, todos os outros estão ao serviço do capital” .

E, lembrado isso, aqui deixo um extracto da intervenção de José Casanova em que uma parte sublinhada por mim em maiúsculas DIZ PRECISAMENTE O CONTRÁRIO DO RELATADO POR J.M. FARIA E EXPLORADO POR SERRAS PEREIRA.

Então foi assim:

«(...)Uma outra questão é necessário clarificar: O AVANTE!, PORQUE É ÓRGÃO CENTRAL DO PCP, PARTIDO DA CLASSE OPERÁRIA E DE TODOS OS TRABALHADORES, NÃO É ISENTO NEM IMPARCIAL, toma partido, está de um lado contra outro, está do lado do Trabalho e contra o Capital. E assume claramente essa postura, não se esconde por detrás de um manto de falsa independência, isenção e imparcialidade. Ou seja: o Avante! é tanto órgão central do PCP como o «Público» é órgão central dos interesses da Sonae, ou como o «Diário de Notícias» é órgão central da Lusomundo, etc., etc.. Só que – e nisto reside a diferença entre a verdade e a mentira, entre a transparência e a mistificação, entre o Avante! e os outros órgãos de comunicação social – o Avante! assume-se, não engana os seus leitores, enquanto os outros jornais fingem ser o que não são: dizem-se imparciais e são, de facto, parciais, dizem-se independentes e são, de facto, totalmente dependentes dos interesses dos seus proprietários (...) »

E, visto isto, passo o microfone ao presidente da sessão.

Anónimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Miguel Serras Pereira disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Miguel Serras Pereira disse...

Vítor Dias,

mantenho que "não me passa pela cabeça que se trate de uma "falsificação" ou "invenção". Não são métodos que o tenha visto usar alguma vez". Poderá haver uma citação não literal, uma localização inexacta da frase, uma interpretação com que você não concorda. O José Manuel Faria dirá o que entender a este respeito, se quiser dar-se a esse trabalho. De qualquer modo, digamos que a reivindicação do "monopólio da verdade" e do monopólio da condição de "partido da classe operária e de todos os trabalhadores" está bem presente no texto que o VD cita: o "verdadeiro partido da classe" é só um e só esse verdadeiro partido da classe diz a verdade, do mesmo modo que a verdade é o que diz "o partdio" - esse partido, que não deixa lugar (a não ser, talvez e em certas circunstâncias, ao seu serviço) a outros partidos, igualmente legítimos, da "classe operária e de todos os trabalhadores".
No fundamental, seja como for, a leitura do episódio que JMF propõe justifica-se.
Agradecendo, pois, o seu contributo e o seu comentário (o "piamente" era dispensável, tanto mais que a minha incredulidade racionalista é notória), mantenho o que já respondi a Edmundo Silva Santos:
"a questão que você levanta não o leva muito longe. Se o meu post se chamasse "Sobre uma citação cara a José Casanova", e se, onde se lê que "o pobre … ver-se-ia forçado a citar-se a si próprio em vez de recorrer à transcrição do verbo do outro genial José", passasse a ler-se: "o pobre … ver-se-ia forçado a citar um anónimo em vez de recorrer à transcrição do verbo do outro genial José" - a diferença não seria muita". E creio que o Vítor Dias terá de admitir que assim é: que a diferença, quanto ao fundo, não seria de grande importância.

msp

Anónimo disse...

MSP: desonesto, retorcido e mentiroso. O xatoo explica bem o porquê.

Miguel Serras Pereira disse...

Anónimo que cita xatoo:
o que o xatoo escreveu foi: "sempre, sempre metido em alhadas por via da infantil verve anti-comunista, pq para além da assanhada sanha não há nada. confesso que já começo a sentir pena desa triste criatura...".
A minha pergunta é: o que é que isto demonstra para além da apagada e vil tristeza da sua condição?
Quanto ao seu comentário, esclareço que poderia apagá-lo ao abrigo do estatuto editorial do Vias. Mas uma grosseria caceteira e anónima como a sua, é bom que seja vista por quem passa: o aviso fica.

msp

Anónimo disse...

Pronto, pronto, pronto.

Mergulha uma pessoa na poeira electrónica para afinal ficar a saber que dizer que « O único Jornal isento e que todos devem ler é o Avante» é quase a mesma coisa que dizer que « O AVANTE!, PORQUE É ÓRGÃO CENTRAL DO PCP, PARTIDO DA CLASSE OPERÁRIA E DE TODOS OS TRABALHADORES, NÃO É ISENTO NEM IMPARCIAL».

Boa tarde e boas citações.

Anónimo disse...

Eu ainda não percebi porque é que o Victor Dias perde tempo com este gajo que tem a tara de, em relação ao PCP, atirar a tudo o que mexe, com, ainda por cima, o resultado que se vê. O MSP escreve, sozinho, o Readers Digest da internet, não faltará muito para começar a escrever sobre a vida íntima dos membros do comité central.
Como se diz em linguagem popular, como o MSP é "cada tiro cada melro!

Niet disse...

" Não é a economia que está em crise, é a economia que é a crise "! MS.Pereira: já há muito que sabemos que não se pode discutir com os descendentes de Estaline-Brejnev, meu caro. Fogem de elaborar a crítica- estrutural- ao seu ideário(capitalista),sádico- -masoquista e totalitário! Mais uma citação(!), só mais uma de Julien Coupat, de quem um livro assinado colectivamente foi traduzido agora em Portugal:" A insurreição que vem "- " O progresso tornou-se, por todo o lado, sinónimo de desastre. Tudo se perde no mundo da economia, como tudo se desintegrava na URSS na época de Andropov!". E existe ainda outro sinal- daquilo de que J-C.Milner apelida o P.C.F. como inimigo " mortal " da Revolução: a vontade de reinscrever a História! Pese todo o " charme " e intuitiva heterodoxia(latente) que irriga a escrita de V.Dias, o fantasma de Estaline custa a ser vencido. Libertá et égalité! Niet

Miguel Serras Pereira disse...

Vítor Dias,
o facto é que o texto de JC afirma efectivamente que o Avante! detém o exclusivo em matéria de informação fidedigna. Basta lê-lo com olhos de ler (obrigado pelo link): confirma sobejamente a minha análise e as palavras de que se serviu José Manuel Faria, não sendo uma citação directa, são uma síntese clara - um "em suma" conciso e preciso - da tese do director do jornal.
Dito isto, como imagina, vejo com optimismo a posição que você, pessoalmente, parece exprimir. Se o li bem, e apesar de tudo o que nos separa, estaremos enfim de acordo sobre o seguinte: nenhum partido pode, permanecendo democrático e recusando o dogmatismo, reivindicar o título de O PARTIDO da classe operária e de todos os trabalhadores, ainda que possa reclamar-se da primeira e dos segundos como destinatários da sua acção, reconhecendo que é simplesmente o partido daqueles que nele se reconhecem e na medida em que o façam, e não detentor por natureza e a priori de qualquer privilégio, garantido pela teoria, que lhe permita "representá-los" ou pretender-se sua única e necessária "encarnação". Se não me engano ao atribuir-lhe esta posição, a si, Vítor Dias, poderei acrescentar que ela representa o abandono e superação de uma concepção antidemocrática da vanguarda e do seu papel responsável por desastres históricos que seria muito longo enumerar.

msp

Anónimo disse...

M.S.P:

Eu não escrevi sobre nada daquilo que agora veio falar.

Escrevi sobre o que escrevi e não mais, escusa-se se de pôr com interpretaçõs sobre o meu pensamento com base numa intervenção minha que só se destinava a restabelecer o rigor dos factos (e você sabe muito bem que, para si, o «escândalo» maior estava no Avante! como «o único jornal ISENTO»).

Quanto ao resto, você está agarrado a clichés mais que bolorentos e não está a par das concepções que há muitíssimos anos adiantou em torno do conceito de «vanguarda».

Mas é o costume.

Miguel Serras Pereira disse...

Vítor Dias,
a isso chama-se, com o devido respeito, fugir com o rabo à seringa. Tanto quanto ao primeiro ponto como quanto ao segundo.
Mas, seja como for, e caso não queira fazê-lo no seu blogue, seria extremamente construtivo e democraticamente saudável que você acedesse a discutir aqui a questão do "papel dirigente do Partido". Tem os meus microfones ao seu dispor.
Com efeito, repare que eu não o confundo com a chusma de caceteiros que aparece nas caixas de comentários (nesta tem alguns exemplos) a vomitar insultos e maldições sempre que se discute ou critica o PCP. Você, com acerto ou sem ele, argumenta ou propõe-se discutir. Coisa que muito me apraz registar, embora desagrade aos comentaristas referidos, que, ao mesmo tempo que proclamam defender a mesma posição que você defende, o vão acusando de discutir comigo, que consideram um "espírito de pide", que me preparo para levar a cabo a tarefa de escrever sobre "a vida íntima dos membros do Comité Central", entre outros desígnios sinistros ou inspirados pela incansável leitura do Readers'Digest. Eu, se fosse a si, dispensaria apoios quejandos. Mas você lá sabe.

msp

xatoo disse...

mais uma manobra de dirigismo psicológico
obviamente, quando o "Anónimo" me cita, não se refere explicitamente à frase neste post, mas sim à globalidade das intervenções anteriores em que tem ficado bem vincado que MSP tem uma agenda ideológica anti-comunista.
E sem os comunistas, de todos os quadrantes, a esquerda não irá a lado nenhum.
Corolário lógico: MSP nem de perto nem de longe pode ser interpretado como alguém de esquerda, segundo a concepção antiga. A não ser que se explique, o que manifestamente não tem conseguido fazer
x

Miguel Serras Pereira disse...

Sobre o comentário do xatoo:

expliquei-me em começos de Junho sobre o que entendo ser e não ser "anticomunismo" num post aqui publicado que resume menos mal as minhas posições e adianta alguns temas cujo debate considero até ao momento insuficiente.

Niet,
eu próprio distingo no Vítor Dias uma disposição que o leva a argumentar e a debater em termos diferentes dos usados por certas brigadas blogosféricas que se reivindicam da defesa do PCP e se limitam à difamação e à calúnia, pontuadas por alguns urros rituais de irracionalismo militante.
Acho, pois, que estamos de acordo.

Bom vento e ousada navegação

msp

Miguel Serras Pereira disse...

Por distracção, não deixei o link do post sobre o "anticomunismo":

http://viasfacto.blogspot.com/2010/06/sobre-o-anticomunismo-uma-ou-duas.html

msp

Niet disse...

Caro MS.Pereira:Como diria John Halloway, " Perguntando caminamos: de questão em questão criamos um caminho!". Mas existe aquela questão levantada pelo VP Valente há semanas numa das suas colunas do Público: o Marxismo lusitano antes de 25/4 era mesmo mau,mediocre e fora de época! Ainda hoje nas respostas ao post do JMF1957 sobre Salazar, in Blasfémias, se verificou esse trauma. Conheci amigos do Nuno Bragança- que estavam ligados às BR e à ARA, ou aos dois...- que me diziam muito bem do Aron.Que tinha sido traduzido (ou prefaciado?) pelo seu( deles) colega, o Sottomayor Cardia. De qualquer modo, urge apelar à participação de todos na discussão dos temas. E, claro, que me sensibiliza a heterodoxia de V.Dias.Como já o repeti várias vezes! Estás em grande forma, tu, meu caro. Liberté et égalité !Niet

Anónimo disse...

Desonestidade sem limites.

O título do post chamava-se «Sobre “uma velha frase de José Casanova”» e todo o texto se construía apoiado nessa pretensa afirmação. Afinal a “velha frase” era inventada (por alguém que, desmemoriado que ande, também sai mal deste retrato) e a intervenção de José Casanova dizia o contrário.

Desde logo se chama a atenção de que a “velha frase” era presumivelmente mentira.

O boateiro intervém tristemente a recordar o contexto em que a teria ouvido.

MSP vendo aí a tábua de salvação da sua credibilidade há muito perdida não demora sequer 5 MINUTOS a agradecer-lhe “por confirmar aquilo de que, como é evidente (caso contrário, não teria feito o post que fiz), nunca duvidei no seu testemunho”.

Demonstra-se inequivocamente a completa falsidade da afirmação em causa.

Passou mais de UM DIA E MEIO e MSP ainda não foi capaz de pedir desculpas ao José Casanova pela nojenta deturpação da sua declaração.

Pelo contrário, dá as voltas costumeiras e desvia a conversa.

De caminho ameaça de censura alguém que lhe chama “denonesto, retorcido e mentiroso”, o que, lamentavelmente, mais uma vez, se confirmou.

Cinco minutos para agradecer a fraudulenta confirmação da frase, bem mais de um dia (e quantos mais?) para pedir desculpa ao visado que tão miseravelmente caluniou.

Assim se avalia o calibre moral de um indivíduo.

Anónimo disse...

Cheguei agora por acaso a estes comentários e estou gago de espanto. O país está cheio de enormes problemas reais e há uma série de gente a perder tempo com um melro (MSP) que insiste em cantar no deck do Titanic.

Miguel Serras Pereira disse...

Anónimo de 26 DE SETEMBRO DE 2010 20:07

já disse o que penso do testemunho do José Manuel Faria, e apresentei as razões por que considero que esse testemunho, depois de confrontado com o texto de JC linkado pelo Vítor Dias, é um resumo correcto do conteúdo do discurso de JC sobre os media. As explicações e os argumentos aí estão, nos comentários anteriores e, de momento, nada tenho a acrescentar.
Também linkei um post anterior sobre o anticomunismo. Fico-me por aqui - até mais ver.

Quanto ao "calibre moral de um indivíduo" - ou à falta de calibre de que me acusa -, que dizer de um caceteiro transtornado pela superstição e o fanatismo, mas que nem sequer assina as agressões que comete?

msp

Anónimo disse...

O Miguel Serras Pereira pode fazer as interpretações que quiser da intervenção de José Casanova, mas o ponto é que, no post que escreveu, para sustentá-las, se baseou na contrafacção, gravemente deturpadora, de uma afirmação do discurso.

Que a caluniosa diatribe de MSP se baseava na frase adulterada basta olhar para o título do post. Mas é o próprio MSP que o esclarece: «Com efeito, é a explicação que se impõe se dermos crédito à conclusão deste comentário de José Manuel Faria …» [o comentário que lançava o boato da frase falsa].

Acontece que se mostrou, sem margem para dúvidas, que a frase, em que MSP baseou o seu texto, era completamente falsa. O MSP já demonstrou amplamente que não tem qualquer escrúpulo em adulterar ou falsificar factos e afirmações para sustentar as suas acusações, críticas e delírios.

Mas aqui o caso é mais grave. A acusação, gravemente caluniosa (haverá acusação mais grave que “stalinista”, com toda a carga negativa que lhe atribui, na boca deste homem?), apoiava-se numa frase que não só não tinha sido proferida, como contradizia o que afirmava o visado. Acusação pública, com o nome do visado em parangona.

Independentemente das suas obsessões com o PCP, o mais elementar sentido ético e a mínima honestidade intelectual obrigavam MSP a pedir desculpa, também publicamente, a quem tão miseravelmente caluniou, senão pelas manipuladas acusações, pelo menos pela utilização indevida da frase falsa que lhe atribuiu.

Insista-se. Bastaram-lhe 5 MINUTOS (!) para agradecer uma infundada confirmação da frase que deu o mote às suas acusações. Demonstrada a falsidade, ainda não lhe chegaram DOIS DIAS E MEIO (e quantos mais?), para o pedido de desculpas que a ínfima decência obrigaria.

Mas é este homem que denuncia as “agressões” do anónimo que escreve isto.

Que o leitor compare as minhas “agressões” (e esclareço que sou apenas o autor do comentário anónimo anterior) com a agressão ao José Casanova. Mas isso também é típico do MSP, embrulhar as declarações de uns com outros (mais precisamente, as suas falaciosas interpretações das declarações de uns e outros) para desviar a atenção e desresponsabilizar-se das suas.

E o pedido de desculpas ao José Casanova?

Anónimo disse...

O Miguel Serras Pereira pode fazer as interpretações que quiser da intervenção de José Casanova, mas o ponto é que, no post que escreveu, para sustentá-las, se baseou na contrafacção, gravemente deturpadora, de uma afirmação do discurso.

Que a caluniosa diatribe de MSP se baseava na frase adulterada basta olhar para o título do post. Mas é o próprio MSP que o esclarece: «Com efeito, é a explicação que se impõe se dermos crédito à conclusão deste comentário de José Manuel Faria …» [o comentário que lançava o boato da frase falsa].

Acontece que se mostrou, sem margem para dúvidas, que a frase, em que MSP baseou o seu texto, era completamente falsa. O MSP já demonstrou amplamente que não tem qualquer escrúpulo em adulterar ou falsificar factos e afirmações para sustentar as suas acusações, críticas e delírios.

Mas aqui o caso é mais grave. A acusação, gravemente caluniosa (haverá acusação mais grave que “stalinista”, com toda a carga negativa que lhe atribui, na boca deste homem?), apoiava-se numa frase que não só não tinha sido proferida, como contradizia o que afirmava o visado. Acusação pública, com o nome do visado em parangona.

Independentemente das suas obsessões com o PCP, o mais elementar sentido ético e a mínima honestidade intelectual obrigavam MSP a pedir desculpa, também publicamente, a quem tão miseravelmente caluniou, senão pelas manipuladas acusações, pelo menos pela utilização indevida da frase falsa que lhe atribuiu.

Insista-se. Bastaram-lhe 5 MINUTOS (!) para agradecer uma infundada confirmação da frase que deu o mote às suas acusações. Demonstrada a falsidade, ainda não lhe chegaram DOIS DIAS E MEIO (e quantos mais?), para o pedido de desculpas que a ínfima decência obrigaria.

Mas é este homem que denuncia as “agressões” do anónimo que escreve isto.

Que o leitor compare as minhas “agressões” (e esclareço que sou apenas o autor do comentário anónimo anterior) com a agressão ao José Casanova. Mas isso também é típico do MSP, embrulhar as declarações de uns com outros (mais precisamente, as suas falaciosas interpretações das declarações de uns e outros) para desviar a atenção e desresponsabilizar-se das suas.

E o pedido de desculpas ao José Casanova?

Anónimo disse...

Os procedimentos do MSP são baixos demais. Mas habituais nele. É uma pessoa horrível, sem nenhum escrúpulo. Um anti-comunista sem princípios. Foi desmascarado e a sem vergonhice continua.

Miguel Serras Pereira disse...

Resposta ao comentário ANÓNIMO de
28 DE SETEMBRO DE 2010 14:33

Repito o que disse já ontem, respondendo às mesmas acusações:

"já disse o que penso do testemunho do José Manuel Faria, e apresentei as razões por que considero que esse testemunho, depois de confrontado com o texto de JC linkado pelo Vítor Dias, é um resumo correcto do conteúdo do discurso de JC sobre os media. As explicações e os argumentos aí estão, nos comentários anteriores e, de momento, nada tenho a acrescentar.
Também linkei um post anterior sobre o anticomunismo. Fico-me por aqui - até mais ver.

Quanto ao "calibre moral de um indivíduo" - ou à falta de calibre de que me acusa -, que dizer de um caceteiro transtornado pela superstição e o fanatismo, mas que nem sequer assina as agressões que comete?"

Nada tenho a acrescentar.

msp

Anónimo disse...

Blá-blá-blá...
E o pedido de desculpas ao Casanova, como disse o anónimo de cima? E o reconhecimento de que é um caluniador, um manipulador e um tipo desonesto?

Atentamente.

Miguel Serras Pereira disse...

A minha resposta já foi dada. Cf. supra.

msp

Anónimo disse...

Hoje, dia 29 de Setembro de 2010, este post vergonhoso, indigno, continua na rede sem nenhuma alteração nem pedido de desculpas apresentado pelo autor. Caracteriza na perfeição o seu carácter e vem na sequência da sua actividade na blogosfera nacional, doentiamente anti-comunista.
Gostava de deixar saliente, finalmente, as manigâncias de MSP. Quando Vítor Dias lhe tirou o tapete com duros factos, MSP começou a desconversar e de repente vislumbrou no Vítor Dias altas qualidades democráticas. Eu quero apenas chamar a atenção para isto: ainda não há muito tempo, MSP tinha despejado um chorrilho de insultos sobre Vítor Dias e O Tempo das Cerejas, chamando-lhe mesmo "servo voluntário".
Como já disse o xatoo, pobre figura a desta criatura!

Miguel Serras Pereira disse...

Sobre o comentário do Anónimo de 29 de Setembro de 2010 00:50
Ver as minhas respostas anteriores. Mantenho-as e sublinho-as. Acrescento apenas que nunca publiquei aqui qualquer "chorrilho de insultos" a Vítor Dias. Mas é verdade que não o confundo com o anti-semita xatoo nem com os autores anónimos de comentários como este.

msp