10/06/13

Das trevas características da "servidão voluntária"

É um sinal dos tempos sombrios em que vivemos, e também do adensar das trevas características da "servidão voluntária" enquanto condição mental solidária da absolutização da economia política dominante, que alguém possa escrever, num blogue que se reclama da "esquerda da esquerda"e ao mesmo tempo que se pretende anti-autoritário e hostil ao fanatismo dos fundamentalistas islâmicos, que uma das consequências negativas maiores de uma eventual derrota de El Assad, na Síria — além da fragilização do Irão e do seu islamismo, pelos vistos nem fascista nem liberticida — daria lugar a um quadro em que "[o] papel da Rússia ou da China na região seria marginal, a possibilidade dessas potências poderem contrabalançar a hegemonia dos EUA no plano global seria minimizado", sem se interrogar por um momento sobre que progresso civilizaciona ou democrático será "contrabalançar a hegemonia dos EUA" e da UE, ao preço de, reforçando o regime para-fascista de Putin e a influência internacional da "sociedade harmoniosa", reforçar a precarização generalizada das condições de vida e das liberdades fundamentais dentro e fora das regiões de origem da hegemonia do Primeiro Mundo, como dentro e fora da sua esfera de influência mais imediata.

1 comentários:

Anónimo disse...

Justamente, o regime para-fascista de Putin " forçou " esta semana ao exilio o campeão mundial de xadrez, Garry Kasparov, e um dos maiores economistas da actualidade russa, Sergei Guriev. Entretanto,a Arabia Saudita tomou o comando do plano estrategico e de ajuda inter-arabe ao Conselho Nacional Sirio, que era coordenado pela Turquia(!) e pelo Qatar... A conferencia mundial de " Geneve-II ", destinada a estabelecer uma treva temporaria na guerra civil siria, vai(...) poder revelar as grandes ambições estrategicas da Russia ( e da China...) para o futuro do Medio Oriente.Salut! Niet