10/05/10

A força da memória

memória
De acordo com um inquérito divulgado pelo diário online Público.es, três em cada cinco cidadãos espanhóis querem que os crimes do franquismo sejam investigados e não fiquem impunes. Uma boa resposta à perseguição judicial revanchista movida contra o juiz Baltasar Garzón. A notícia pode ler-se aqui.

1 comentários:

Miguel Serras Pereira disse...

Caro Rui,
saberás, que mais não seja pela leitura deste blogue, que partilho as preocupações e as expectativas a que o caso Garzón veio conferir uma premência acrescida. Mas ainda que a incriminação do juiz se venha a gorar, e ainda que a reimplantação da República em Espanha se torne uma perspectiva mais próxima e essa questão entre na ordem do dia, só me darei por relativamente satisfeito quando forem desenterradas também as vítimas da perseguição que liquidou, dentro do campo republicano, os camaradas poumistas de Orwell, os inúmeros militantes, sindicalistas, além de trabalhadores e cidadãos comuns que os agentes da política de Estaline torturaram prenderam, executaram, ao mesmo tempo que os caluniavam como "franquistas camuflados" ou "nazi-trotsquistas". Desfazer os equívocos da Transición, dissipar as falsificações políticas da história, preparar a conquista da República em termos de extensão da democracia passa também por prestar justiça à memória de todos esses combatentes.
Bom, tudo isto para te dizer que gostaria de ter tempo para levantar um pouco mais organizadamente esta questão ou de te ver a ti levantá-la nestas Vias.
Solidário abraço

miguel (sp)