08/05/11

Francisco Louçã não quer disputar votos ao PCP

Nas eleições de 5 de Junho, o BE vai “disputar cada voto”, disse [Francisco Louçã], apelando assim aos eleitores que “já votaram PS, mas também a quem já votou no PSD e no CDS e a quem se tem abstido”. Para cada segmento destes eleitores, Louçã apresentou argumentos.

Acusou José Sócrates de “dizer o que não faz e fazer o que não diz”, apontando os ataques, acordados entre o Governo e a troika, ao Serviço Nacional de Saúde e à banca pública, por exemplo. Os resultados das medidas impostas para receber o empréstimo de 78 mil milhões de euros traduzir-se-ão em “mais pobres, mais desemprego e recessão continuada”.

Dirigindo-se aos votantes do PS, salientou que “aceitar a transferência brutal do ataque ao contribuinte [resultante do choque na competitividade fiscal, proposto no programa de Governo dos sociais-democratas] é “aceitar um ataque às suas famílias, aos seus direitos, aos seus salários”.

O abandono dos reformados foi o argumento que utilizou para pedir o voto aos centristas, acusando-os de “calculismo político” e recordando o congelamento das pensões.

E aos jovens, “sobretudo os abstencionistas”, como realçou, fez questão de recordar a mega-manifestação de 12 de Março: “Se gostaste de 12 de Março, faz o teu 5 de Junho. Mostra o que tens a dizer, por ti e pelos outros.”


É no mínimo desconcertante que FL não interpele os eleitores habituais do PCP no seu apelo ao voto. Apesar de Jerónimo de Sousa ter desdenhosamente acusado ontem o BE de "mania das grandezas", não é provável que a omissão de FL se fique a dever ao facto de considerar que esse eleitorado é tão reduzido que não valha a pena contar com ele. As razões serão outras, como indica o facto de os argumentos que apresenta para a reorientação de voto dos eleitores habituais dos outros partidos, em nada se distinguirem daquelas que o PCP poderia enunciar também. Mas porquê, então, votar no BE em vez de o fazer no PCP? Porquê, então e no limite, não integrar — dissolver — o BE na CDU?

Haverá quem compreenda as razões que levam Louçã a sugerir que nada de fundamental separa o BE e o PCP. De outro ponto de vista, todavia, a omissão, na soma de todas as demais plausíveis razões, das razões de ser da necessidade do BE acaba por equivaler — em termos eleitorais, sem dúvida, mas não só nem principalmente — a uma desrazão suicida.


Adenda (introduzida pelas 17 horas do dia 9.05.2011)

Num dos comentários que escreveu na respectiva caixa deste post a Joana Lopes desafia-me a publicar sob a forma de post as razões de que me vali na discussão com ela. Penso, no entanto, ser preferível deixá-las aqui como adenda, acompanhando-as de uma chamada de atenção para a nossa discussão na caixa de comentários. A resposta aos seus argumentos a que a Joana se refere é, pois, a seguinte:

(…) se me perguntarem em que força será útil votar, tendo presente o que dissemos acima, direi que é no BE. Já o fiz noutras ocasiões. Já apelei ao voto no BE. Por isso mesmo, creio que a diferença que existe, apesar de tudo, entre o BE e o PCP, por um lado, ou entre o BE e o PS, por outro, deve ser defendida ainda que contra (ou sobretudo contra) os responsáveis do movimento que procuram reduzi-la, esbatê-la ou - do seu ponto de vista - superá-la. Por isso, procuro que os meus "ataques" ao BE nunca sejam interpretáveis como absolvições do PCP ou do PS, ao mesmo tempo que procuro, sem ilusões embora, através de uma espécie de "declarações de voto" repetidas, deixar claras por que razões poderá valer a pena apoiar o BE e lutar pela sua própria "democratização" na perspectiva de uma transformação democrática [generalizada] mais ampla.

22 comentários:

Anónimo disse...

Anti-comunismo com anti-louçanismo. Dá nisto.

Miguel Serras Pereira disse...

Pois, Anónimo. Mas a verdade é que se algum militante do BE ou de outra organização qualquer dizer menos de metade do que Jerónimo de Sousa, para não falarmos de outros porta-vozes ou simples militantes assumidos do PCP, dizem do BE, caem o Carmo e a Trindade, or entre gritos de "Blasfémia!" e apelos à queima dos herejes que, a soldo da reacção, ousam manchar "a superioridade moral dos comunistas".

O problema com FL é diferente. É inaceitável que depois de ver o seu partido enxovalhado e o seu discurso acusado de megalomania, ele não só não replique à altura, como haja por bem humilhar-se ainda mais, excluindo do apelo a que apoiem as suas posições (ou as do BE) aqueles que parece considerar, tal como o próprio PCP, propriedade exclusiva daquele.

Está a ver a ideia? Não lhe ocorre que aquilo a que V. chama "anti-comunismo" e "anti-louçanismo" seja, afinal, puro e simples inconformismo democrático?

msp

tempus fugit à pressa disse...

Diz putas políticas?

Após 37 anos inda há reacção?


Eta massa de reaçãozita gigante né...

LAM disse...

Miguel,
Não acho que neste momento a alguém aproveitasse uma troca de galhardetes entre o BE e o PCP. Além do mais e neste momento quem tiraria dividendos disso seria o PS.
É verdade que não só a declaração de Jerónimo merecia uma resposta à altura, como deveria de ser mostrado aos tradicionais votantes da CDU que a sua clubite aguda não anda muito longe da dos militantes do PS. Mas, quanto a mim, ainda bem que alguém, contra declarações primárias e desbocadas, soube de forma responsável ver onde estava o essencial e prioritário não se perdendo em trauliteirismos.
Ainda bem, e tomara que isso também se fosse construindo como diferença.

abraço.

tempus fugit à pressa disse...

Além do mais e neste momento quem tiraria dividendos disso seria o PS....

olhe que não olhe que não

o votante português anda esquizofrénico é ver o pessoal que escrevia vota APU e UDP ...com a idade ahora até loas a Portas cantam

e é o Portas mais fornecido capilarmente

logo aqui na muralha de aço da cintura industrial que já foi mais vermelha

convém saber ouvir

e não pensar que meia dúzia de militantes representam o eleitorado

é só...

Rui Santos disse...

Mas a questão é para quê?
Quando boa parte do eleitorado do BE e da CDU - eu incluo-me dentro do eleitorado habitual do BE - gostava que houvesse JÁ uma coligação entre BE e CDU de forma a que pelo menos do ponto de vista prático um resultado de 17% a 19% pudesse inviabilizar uma maioria absoluta de PSD-CDS no parlamento, para que há de responder o Louçã ao Jerónimo de Sousa? Uma troca de argumentos podia dificultar ainda o voto no BE porque o eleitorado que ouve um dia falar no apelo a uma maioria de esquerda e uma esquerda grande no outro dia ouviria a troca de palavras entre os dois. Sinceramente, diante daquilo que separa estes dois partidos do PS as diferenças específicas entre BE e PCP (em políticas sociais, económicas, reforma financeira, fiscal) são negligenciáveis.

Rui Santos

Miguel Serras Pereira disse...

LAM e, também, Rui,

a questão é a seguinte e vai para além da disputa de votos. O argumento de uma organização alternativa não pode resumir-se a dizer aos cidadãos: "Apoiem-nos porque somos contra o PS; apoiem-nos porque somos contra o poder político exercido pela oligarquia através do controle da direcção da economia; etc., etc.". Tem de explicar AO MESMO TEMPO porque é que não basta ser contra o PS ou atacar a oligarquia dominante e porque é que se justifica que a apoiemos a ela E NÃO outra qualquer organização que se oponha ao PS, à superior autoridade da "economia", etc. Mais ainda, essa explicação tem de ser fundada em aspectos substanciais e decisivos, da ordem dos princípios e dos fins, da organização interna e do tipo de acção a promover - não pode ser apenas cosmética ou enunciada como tal. A diferença ou traço distintivo que uma organização que se pretenda alternativa e apostada no combate instituinte por um regime de relações de poder alternativa tem de ser inegociável e vital se quiser manter a sua razão de ser como alternativa.
Dito isto, essa organização pode e deve - de novo, AO MESMO TEMPO - apresentar para a definição de um conjunto coerente de propostas ou medidas imediatas como critério de unidade de acção de todos os que as decidam adoptar e um compromisso político em torno do qual outras forças - partidárias ou não - possam convergir.

É aqui que o ponto bate e não vejo como possa deixar de bater.

Abraço

msp

Anónimo disse...

A constituição - creio que faseada,aberta e descentralizada- de uma " organização alternativa e apostada no combate instituinte por um regime de relações de poder alternativas " implica como " diferença ou traço distintivo o " ser inegociável e vital ",diz o MS Pereira.Diria, eu, por acréscimo, combinando os conselhos decisivos de Mattick e Castoriadis, que uma
alternativa politica só pode fazer sentido pelo combate em prol da extinção do Estado e de todo o sistema de exploração- económico,social e legislativo-que se apoia no Estado. " Os diktats do parlamentarismo- oposição dirigente/dirigidos, frontal e exclusiva- também se estabeleceram no Movimento Operário. Nas organizações sindicais de massa, ou nas organizações politicas gigantes como o SPD alemão, os dirigentes agem como numa espécie de governo, com poder sobre os seus membros, e em que os Congressos anuais tomam a forma de parlamentos. Os ditos dirigentes apelidavam tais quermesses políticas de parlamentos do Trabalho, para sublinhar a sua importância; e os observadores criticos faziam ressaltar que a luta das facções, a demagogia dos dirigentes e as intrigas de corredor, eram sinais da degenerescência que tinham tomado conta dos parlamentos ",In "Os Conselhos Operários", A. Pannekoek. Niet

Joana Lopes disse...

Miguel,
Ponho aqui este comentário, como poderia tê-lo colocado noutros posts que tens escrito. Julgo que tu «exiges» do BE o que ele nunca foi, não pretendeu nem pode ser: a concretização do que TU gostarias que fosse, na concretização de uma sociedade verdadeiramente democrática. Passas do plano da utopia (saudável e que cultivas bem e sistematicamente) para o de um partido / frente que se move e age num sistema capitalista que tu não queres – nem eu, btw.

Anónimo disse...

Carissima Joana Lopes: Uma sociedade democrática...só pode ser igualitária e auto-instituinte.Ou, então, não existe. E para tal precisa de deitar por terra todos os compromissos com o imaginário de uma sociedade de classes e de capitalistas.Como é que,no inicio do séc XXI e no interior de um processo civilizacinal dominado pela Tecno-Ciência imparável, isso se pode- libertando e auto-controlando...-realizar, é o que todos devemos tentar pensar,agindo. Niet

Joana Lopes disse...

Niet, disse por outras palavras, e melhor..., o que eu quis explicitar.

Miguel Serras Pereira disse...

Joana, de acordo com o que dizes no teu primeiro comentário e no que formulas depois da intervenção do Niet. Com uma reserva: eu não penso que o BE enquanto organização seja portador desse projecto (que desutopizo traduzindo-o como democratização continuada…). Penso, no entanto, que, tanto dentro dele como na área em que se apoia, a perspectiva democratizadora e participativa tem alguns suportes e talvez algum solo favorável - ao que acrescem a indefinição e a efervescência internas do BE como condições favoráveis. É fundamentalmente nos que na área (dentro e fora parte) do BE são sensíveis a esta perspectiva e aos que poderão vir a sê-lo mais rapidamente que procuro interpelar e tento apoiar - fazendo-o justamente nos textos em que mais fortemente denuncio o que no BE constitui obstáculo ao seu desenvolvimento.
Dito isto, pergunto-me se te terei respondido, mas não queria que pensasses que não tentei ou não achei pertinente a tua crítica. Enfim, temos pelo menos em comum o facto de não nos reclamarmos do marxismo e de não nos coibirmos de o dizer quando necessário. E talvez estejas de acordo comigo para sustentar que seria salutar uma boa dose, não de ignorância de Marx, mas de desmarxização do campo da esquerda democrática e, porque democrática, não rendida à fatalisdade histórica do capitalismo…

Abraço

miguel (sp)

Joana Lopes disse...

Sim e sim a quase tudo, Miguel, com uma reserva (mas sei que nisto estou pouco acompanhada, embora - repito-o pela 100ª vez - não seja do Bloco nem sinta qualquer necessidade de o ser): em momentos como o actual, não me parece que disparar, sistematicamente, sobre a única força que, apesar de todas as maleitas, mais tenta aproximar-se do que nos parece mais correcto (ou menos incorrecto...) contribua para o que quer que seja, a não ser para a enfraquecer. E não considero isso bom.

Miguel Serras Pereira disse...

Sim, Joana, talvez esteja aí a diferença. Ou nem aí: se me perguntarem em que força será útil votar, tendo presente o que dissemos acima, direi que é no BE. Já o fiz noutras ocasiões. Já apelei ao voto no BE. Por isso mesmo, creio que a diferença que existe, apesar de tudo, entre o BE e o PCP, por um lado, ou entre o BE e o PS, por outro, deve ser defendida ainda que contra (ou sobretudo contra) os responsáveis do movimento que procuram reduzi-la, esbatê-la ou - do seu ponto de vista - superá-la. Por isso, procuro que os meus "ataques" ao BE nunca sejam interpretáveis como absolvições do PCP ou do PS, ao mesmo tempo que procuro, sem ilusões embora, através de uma espécie de "declarações de voto" repetidas, deixar claras por que razões poderá valer a pena apoiar o BE e lutar pela sua própria "democratização" na perspectiva de uma transformação democrática mais ampla.

Engano-me muito?

miguel (sp)

Joana Lopes disse...

Ora aí tens, Miguel, uma excelente oportunidade para transformares este teu último comnetário em post... :-)

Miguel Serras Pereira disse...

Joana, receio que transformar este comentário em post pareça um tanto pretensioso. E, de resto, só teria sentido publicando também os teus argumentos. Mas vou acrescentar uma adenda no final do post, remetendo para esta troca de galhardetes.
Verás dentro de poucos minutos. E espero que te satisfaça.

miguel (sp)

Anónimo disse...

A subtileza,endurence e plasticidade da argumentação de MS. Pereira avançam a passos largos, o que só nos pode encorajar e incitar, como bem nos indica Joana Lopes. Ora, MS. Pereira faz tudo- e muito bem- para combater aquela peregrina e cartesiana ideia de tentativa de homogeneização política, vulgo, frentismo( ou mais encobertas relações de tipo de colaboração de classe...)Sempre suspeitas e inoperantes, como todos sabemos.E que o legado marxista arrastou para isso a " construção " impiedosa do totalitarismo estalinista. Castoriadis disseca esse fenómeno capital desta forma soberana e limpida:" A ideia de uma homogeneização total da sociedade é,de facto,o horizonte do pensamento de Marx( e esta ideia " concretizou-se ", alterando-se no seu oposto, no e pelo totalitarismo estaliniano).Para nós, não se trata de visar a homogeneidade, nem de suprimir as diferenças ou alteridades na sociedade. Trata-se de suprimir a hierarquia política, a divisão da sociedade como divisão do poder e do não-poder. E, sabemos que esse poder não é só e simplesmente "político "(...). O que visamos, é a igualdade efectiva sobre o plano do poder- e uma sociedade que tenha como pólo de referência essa igualdade ". Também estou de acordo sobre a grande capacidade política de libertação de grande parte do eleitorado do BE. Niet

Anónimo disse...

Cooperativa Política em França- Cai em cima da Hora: Os Verdes franceses- a ala mais brilhante e radical-a da Europe Écologie Les Verts- estão à beira de eleições internas. Existem dois campos: um liderado por Cohn-Bendit- e que reune José Bové, Eva Joly e Alain Lipietz,entre outros; o outro campo é liderado pela actual líder, Cécile Duflot. Cohn-Bendit, o grande " maestro " anda de candeias-às-avessas com Duflot, por causa do centralismo e hierarquismo inoperantes da actual líder e equipe. Trata-se- segundo uma entrevista de Lipietz ao Marinne2 On Line- de uma luta de gigantes, dada a relevância intelectual e política radical dos contendores. A não perder, pois, o debate em toda a sua extensão, com o " castoriadiano puro ", Cohn-Bendit, o cúmplice de Risel, José Bové , e a famosa jurista-de-guerra-social, Eva Joly, contra os neo-burocratas arregimentados por Cécile Duflot. Niet

Miguel Serras Pereira disse...

Viva, Niet. As tuas informações são sempre avassaladoras e deixam-me cheio de inveja da tua capacidade de estar a par de tudo o que por aí mexe.
Só um reparo: o Cohn-Bendit está hoje mais distante da "tradição autonomista" de SB do que há uns anos. Não direi que nada guarde da inspiração e convívio com o velho Corneille, mas em versão bastante mais soft e esquecendo a exigência de democratização qualitativa e radical que o seu amigo mais velho manteve até ao fim, ainda que mantendo também até ao fim os pés bem assentes na terra e uma desconfiança irredutível perante as versões milenaristas e/ou gnósticas do radicalismo ultra.

Salut et liberté

msp

Anónimo disse...

Miguel SP: Eles querem...fazer uma Cooperativa Política, meu caro!!!! Com a minha loucura de pressa( ainda sem um bom vinho...)esqueci-me de fundamentar a notícia. Embora remetendo democráticamente para a fonte expressa da...grande ideia. Avanti, partisans! Niet

Anónimo disse...

Cohn-Bendit explica tudo numa correspondência publicada no Libération. Em folhetins divertidissimos e com o charme rigoroso e frontal de um francfortiano.É clicar,portanto:Finais de Abril.A neo-burocrata Duflot " moveu-lhe " um processo administrativo por causa das contas da Campanha para as Europeias/2009. Cohn-Bendit gastou dinheiro do seu bolso e andou a " recuperá-lo", optando por não pagar a taxa de 1200 Euros/mês ao partido proveniente do seu cargo de deputado europeu.Saltaram-lhe em cima os burocratas. No meio dessas histórias" ondulantes "- e à Dany- ele diz, sem se rir, que sempre teve ,visceralmente, problemas com " organizações;e,de jacto, surge a notícia( e os comentários dele...) sobre a " Cooperativa " ´política, que já rola e foi boicotada...pela direcção de Souflot na sua fase de implantação do EELV. Há, o site da Europe Ecologie Les Verts: www.eelv.fr Salut! Niet

Anónimo disse...

Cohn-Bendit explica tudo numa correspondência publicada no Libération. Em folhetins divertidissimos e com o charme rigoroso e frontal de um francfortiano.É clicar,portanto:Finais de Abril.A neo-burocrata Duflot " moveu-lhe " um processo administrativo por causa das contas da Campanha para as Europeias/2009. Cohn-Bendit gastou dinheiro do seu bolso e andou a " recuperá-lo", optando por não pagar a taxa de 1200 Euros/mês ao partido proveniente do seu cargo de deputado europeu.Saltaram-lhe em cima os burocratas. No meio dessas histórias" ondulantes "- e à Dany- ele diz, sem se rir, que sempre teve ,visceralmente, problemas com " organizações;e,de jacto, surge a notícia( e os comentários dele...) sobre a " Cooperativa " ´política, que já rola e foi boicotada...pela direcção de Souflot na sua fase de implantação do EELV. Há, o site da Europe Ecologie Les Verts: www.eelv.fr Salut! Niet