23/05/13

O "caso Martim"

Na polémica há volta do debate entre Martim Neves e Raquel Varela, acho que ninguém está a discutir o que para mim é o ponto essencial: a solução de alguém criar a sua própria empresa é generalizável (ou mesmo simplesmente ampliável), ou será que a economia comporta apenas um numero limitado de micro-empresas?

Se for o segundo caso, a promoção do "empreendedorismo" pouco mais implicará que muitos "empreendedores" falidos.

De qualquer forma, há um dado inegável - os países capitalistas mais desenvolvidos são os que têm um maior grau de proletarização (isto é, menos trabalhadores por conta própria); será que poderemos assim concluir que o discurso da promoção do "empreendedorismo" vai (talvez infelizmente, mas isso é outra história) contra os ventos da história?

1 comentários:

David da Bernarda disse...

Qual é o vento da história?

Sermos todos assalariados precários de empresas capitalistas e funcionários do Estado? Ficando, no melhor dos casos de um Estado dito social, nos intervalos a viver de subsídios e em formação contínua?
Proletarização? Já não há prole...