A Horta do Monte foi destruída com
máquinas e bastonadas. Às 9 horas a horta já estava completamente
destruída. Houve gente agredida, outra detida. Ficou a tristeza e
desolação de quem passou anos a intervir no espaço,
a recuperar algo que estava abandonado e degradado e o transformou num
espaço de construção, de aprendizagem, de partilha, de comunidade.
A prepotência da Câmara de Lisboa é
notória e prova que o slogan da participação é um marketing com muito
pouca substância. Participe! … mas quando nós queremos, da forma como
nós queremos, dizendo o que nós queremos… De outra forma, é desprezado, é
cilindrado, é bastonado.
A participação é também o uso e
apropriação do espaço público, é a capacidade de construir projectos e
de contribuir para a melhoria da cidade. O projecto da Horta do Monte
era um exemplo destes. Ficam registadas a falta de respeito e de
diálogo, a prepotência e violência. Estas não podem, nem ficarão,
impunes.
As ideias não se despejam, cultivam-se!
As ideias não se despejam, cultivam-se!
Habita: Coletivo pelo Direito à Habitação e à Cidade
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1 comentários:
Acompanhei a Horta do Monte desde há muito. Enquanto é verdade que o trabalho feito lá pelo Gaia e quejandos foi meritório, chegou a um pico de participação e envolvimento em 2008. A partir daí, por falta de entusiasmo foi sendo votado cada vez mais ao abandono. Neste momento estava em estertor e a CML, felizmente, vai devolvê-lo à população (incluindo a meia dúzia de pessoas que queiram que aquilo fosse como elas queriam).
Aqui está uma versão que me parece a mais real:
http://link2greenways.blogspot.pt/
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