28/06/16

Sequelas do Brexit: assalto ao poder no Labour. O dejá vu.(actualizado)

Nada de novo no reino de sua majestade. Os deputados do labour - MP - não podem com a liderança de Jeremy Corbyn. A sua eleição para a chefia do partido foi um trauma de que nunca recuperaram. Um homem assim, um soixante-huitard, um impenitente e confesso esquerdista. God save the Queen. Mas lá foram aguentando o homem como puderam. Agora não, agora não aguentam mais, agora a coisa é pra valer.  O homem, como diria o nosso Assis, é um eterno adolescente, um perigo à solta para a terceira via e para todas as vias que se lhe seguiriam.
Depois da vitória do Brexit, da demissão de Cameron, das eleições gerais mais ou menos próximas, eles não podem permitir que Jeremy seja o próximo primeiro ministro. É isso que os aterroriza. Mais do que a eleição de Boris Johnson ou de Farage, a eleição do seu camarada tardo-adolescente esquerdista deixa-os aterrorizados. Vai daí resolveram implodir a sua liderança com uma votação entre os deputados, que deu o resultado que sempre daria enquanto eles ocupassem os lugares no Parlamento. Não podem com ele. Detestam-no. Mais do que aos conservadores, Não são capazes de o dizer desta forma assim tão brutal. Proclamam que perderam a confiança na sua liderança. Gente educada. Uns sirs. Cheira-lhes a poder e querem fazer parte da "solução". Com Corbyn na liderança vão ter que mudar de vida. O problema é que Corbyn, até ver, não se demite e já disse que se existirem novas eleições no Labour se recandidata. O outro problema é que Corbyn foi eleito pelas bases e não pelos deputados.( ver aqui,aqui e aqui) E junto dos seus eleitores ainda não sofreu qualquer derrota, nem pesada nem leve, antes pelo contrário.

Adenda: a posição clara de uma das poucas deputadas que apoia Corbyn.

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