Quanto ao sector privado, existe claramente uma situação diferente. Obviamente que também existem incompetentes, preguiçosos, e incapazes, mas de uma forma ou outra, essas fragilidades são mais rapidamente detectadas e corrigidas. Existem mecanismos de controle e de mitigação desse risco. O “Princípio de Peter” tem nas empresas (privadas) consequências, que passam muitas vezes pela perda do posto de trabalho.É engraçado que sejam mais ou menos as mesmas pessoas que dizem que em Portugal não há "flexibilidade laboral", que as empresas não podem despedir trabalhadores, etc. que depois dizem que a diferença entre o sector público e o privado é que no privado os trabalhadores "incompetentes" são despedidos (o.k., não sei se o MCB, pessoalmente, alguma vez escreveu que não havia "flexibilidade laboral"; no entanto, os dois argumentos costumam surgir do mesmo meio, mesmo que não das mesmas pessoas).
Outro ponto:
contrapartida para a segurança de emprego, é uma salário em média mais baixo nos quadros técnicos e superiores, mas incomparavelmente mais alto nos quadros menos qualificados.Posso estar errado, mas a minha impressão é que é exactamente ao contrário - eu (que sou uma espécie de funcionário público - mais exactamente, trabalhador de um Hospital EPE com Contrato Individual de Trabalho) comecei a trabalhar, há 10 anos atrás, como "Técnico Superior", ganhando cerca de 200 contos por mês líquidos, enquanto os meus colegas que arranjaram emprego em bancos ganhavam valores na casa dos cento e tal contos; pelo contrário, o vencimento das categorias inferiores está tão perto do salário mínimo (no caso das telefonistas, creio que está efectivamente abaixo do salário mínimo) que duvido que no sector privado ganhem menos que isso.
2 comentários:
Um dos problemas que surgem em artigos/comentários/intervenções, etc, sobre a Função Pública é que, regra geral, são escritos/ditos/comentados por quem da Função Pública nada conhece ou, conhece muito pouco.
É espantoso verificar como até aqueles que decidem sobre o futuro da Função Pública, nada percebem ou percebem muito pouco, acerca daquilo sobre que decidem.
Uma lástima que, necessáriamente tem/terá consequências graves que o futuro próximo se encarraguerá de mostrar.
Uma coisa é certa: - Vamos todos, funcionários públicos e os outros pagar caro!
Para concluir, era importante perceber que a função pública não é uma abstração e os seus funcionários (que já não existem; - agora são trabalhadores contratados com menos segurança de emprego que os privados),uma cambada de inúteis que só gastam o dinheiro de nós todos:- Era bom não esquecer que médicos, enfermeiros, professores (incluindo universitários)polícias, magistrados, soldados e muitos outros profissionais dos quais depende a nossa qualidade de vida, segurança, protecção, educação, cultura, etc, etc..., são funcionários públicos!
No dia em que falharem a saúde, a educação, a segurança social (e as outra seguranças), cultura, etc..., que país ainda teremos nós?
Um dos problemas que surgem em artigos/comentários/intervenções, etc, sobre a Função Pública é que, regra geral, são escritos/ditos/comentados por quem da Função Pública nada conhece ou, conhece muito pouco.
É espantoso verificar como até aqueles que decidem sobre o futuro da Função Pública, nada percebem ou percebem muito pouco, acerca daquilo sobre que decidem.
Uma lástima que, necessáriamente tem/terá consequências graves que o futuro próximo se encarraguerá de mostrar.
Uma coisa é certa: - Vamos todos, funcionários públicos e os outros pagar caro!
Para concluir, era importante perceber que a função pública não é uma abstração e os seus funcionários (que já não existem; - agora são trabalhadores contratados com menos segurança de emprego que os privados),uma cambada de inúteis que só gastam o dinheiro de nós todos:- Era bom não esquecer que médicos, enfermeiros, professores (incluindo universitários)polícias, magistrados, soldados e muitos outros profissionais dos quais depende a nossa qualidade de vida, segurança, protecção, educação, cultura, etc, etc..., são funcionários públicos!
No dia em que falharem a saúde, a educação, a segurança social (e as outra seguranças), cultura, etc..., que país ainda teremos nós?
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