07/05/11

O Bloco convencional

Ao acompanhar a Convenção do Bloco, o impensável aconteceu-me: concordei com Gil Garcia. Se o Bloco e o PCP não encontram forma de apresentarem uma alternativa solidária e poderosa nas urnas, averbam um fracasso histórico e decepcionam as expectativas que muitos lhes confiaram.
Por outro lado, uma confirmação: Marisa Matias levou a ligeireza das conversas de café ao palanque, propagando ainda mais as confusões a propósito da Islândia, ao afirmar que «os islandeses souberam dizer 'não' e sentaram-se à mesa com o FMI a renegociar» (cito de memória). Ora o FMI está na Islândia com um pacote de resgate; o que o referendo reafirmou foi a vontade de não pagar as dívidas internacionais de bancos falidos – o BPN deles, a uma escala ainda mais catastrófica. Mas não é a única por ali a alimentar este equívoco; Catarina Martins acaba de tocar na mesma desafinada tecla.

1 comentários:

São Canhões? Sabem mesmo a manteiga... disse...

A Islândia está mal mas a produção agrícola e pecuária aumentou entre 30 e 40% desde o início da crise de 2008

O Bloco pelo contrário que foi uma esperança de renovação da política portuguesa no século passado

no século XXI continua o bloco mais dividido ou fragmentado que existe

com mais cabeças do que senso

daqui a um ano infelizmente as distritais de partidos vários continuarão a fazer congressos no vazio

e algumas a distribuir dividendos com matrículas de 2012 e com ring tones variados

and so it goes