29/04/10

A saída do euro (II)

O Daniel Oliveira escreve sobre o mesmo assunto. A respeito do comentário de um dos seus leitores, realmente há uma coisa que temos que ter presente - só faria sentido sairmos do euro se, com a saída, a dívida pública portuguesa (actualmente denominada em euros) fosse também redonominada para "novos escudos" (o que, na prática, seria o equivalente a uma espécie de default da dívida) - ou então se renunciássemos mesmo ao pagamento da dívida externa. Caso contrário, se mudássemos para o "novo escudo" mas a nossa dívida continuasse denominada em euros, a provável desvalorização da nova moeda em breve iria atirar a dívida para a estratosfera.

2 comentários:

Anónimo disse...

Let Greece default ! O post do D. Oliveira e os seus 40 comentários compõem uma belíssima peça para se apurar da repercussão nacional da crise grega. A juntar ao trabalho magistral da equipe do Ladrões de Bicicletas. Agora depois das 20 horas, dois factos importantes apurei: 1) Elie Cohen, o reputado economista francês, foi à France 2- TV, Telejornal, e disse preto no branco que o superavit da balança de transacções alemã é feito com as vendas/exportações que realiza para os PIIGS; 2) Jeffrey Miron,prof. da Harvard Uni., escreveu na Forbes um artigo- Let Greece default !- onde diz sem rodeios:" O plano de salvação não ajuda nada para reparar a actual dívida e o contínuo deficite grego. Só adia, tão-só, o ajuste de contas ". Niet

CN disse...

Desvalorização de moeda própria é uma ilusão.

Só para evitar a baixa de salários/rendimentos nominais e fazê-lo via inflação versus o resto do mundo, cria-se uma situação caótica que vai provocar a desconfiança por completo do país e dificultar o cálculo e planeamento económico.

Prefiro um default e moratória. Defenda-se isso.